Ospa apresenta pela primeira vez obra fundamental para o fagote

Ospa apresenta pela primeira vez obra fundamental para o fagote

A colombiana Ange Bazzani estará a frente da orquestra como solista do instrumento 


A colombiana Ange Bazzani no ensaio para o concerto

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O fagote, mais grave instrumento de madeira da família dos sopros, é essencial em uma orquestra sinfônica, mas raramente está sob os holofotes. Neste sábado, será diferente: a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) executa uma das maiores obras escritas especialmente para o instrumento, de autoria de J. Hummel. A fagotista colombiana Ange Bazzani fará o desafiante solo. A apresentação deste sábado, intitulada “Fagote e Outras Cores”, também inclui um sucesso mundial vindo da Noruega e uma “sinfonieta” com ritmos brasileiros, tudo sob regência do maestro do Coro Sinfônico da Ospa, Manfredo Schmiedt. 

A partir deste 11 de setembro, o limite de público na Casa da Ospa sobe para 400 pessoas, um pouco menos de 40% da lotação. O ingresso é 1kg de alimento não perecível. Os concertos seguem com transmissão gratuita ao vivo pelo canal da OSPA no YouTube. 

Até pouco tempo atrás, a partitura de “Grande Concerto para Fagote e Orquestra em Fá Maior”, do austríaco Johann Nepomuk Hummel (1778 – 1837), tinha um custo proibitivo. Agora, a OSPA conseguiu adquirir uma cópia a preço acessível e poderá executar o trabalho pela primeira vez. “Oportunizar ao público ouvir essa obra clássica do Hummel é uma alegria muito grande, acredito que nunca tenha sido tocada no sul do Brasil”, afirma o maestro Manfredo Schmiedt. Já a fagotista Ange Bazzani espera há anos para tocar o trabalho: “É uma obra que expõe o fagote como um instrumento muito completo, no sentido do registro e do timbre. O Hummel fez questão de nomear como ‘grande concerto para fagote’ porque realmente é muito virtuosístico. É um sonho tocar ele com a orquestra”, explica a musicista da Ospa.

A Ospa também interpreta no mesmo dia outra obra essencial: “Suite n.º 1, op. 46”, parte de “Peer Gynt”, obra-prima que Edvard Grieg (1843-1907) escreveu para a peça homônima de Henrik Ibsen (1828-1906). O sucesso obtido desde a estreia, em 24 de fevereiro de 1876, perdura até hoje. Trechos da suíte podem ser ouvidos em um filme de Fritz Lang, um disco da banda Electric Light Orchestra ou em um episódio de “Os Simpsons”, entre outros. 

Em seguida, a Ospa aposta na sonoridade brasileira de “Sinfonietta Prima”, de um dos compositores mais destacados do país, o mineiro Ernani Aguiar. Datada de 1990, a obra é bastante irreverente: Aguiar escreveu que o segundo movimento retrata ele mesmo “bêbado, subindo uma ladeira da minha Ouro Preto numa madrugada de quarta-feira de cinzas”. “O Ernani completou 71 anos há pouco, e gosto muito das composições dele porque têm muita leveza e senso de humor, além de toda a genialidade dele como compositor e músico”, avalia Schmiedt.

A Ospa é uma instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS). A abertura das portas da Casa da Ospa, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Av. Borges de Medeiros, 1501) ocorre às 16h. O concerto começa às 17h.


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