Para explorar o universo circense

Para explorar o universo circense

1° Festival de Circo Contemporâneo ocorre de hoje a domingo com atividades on-line e gratuitas

Camila Souza*

Um dos espetáculos da agenda é "Todo Mundo Tem Um Sonho", protagonizado por jovens com deficiência

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E xplorando novas linguagens da arte circense, o 1° Festival de Circo Contemporâneo (Fecico) começa hoje e segue até domingo, dia 25. O evento surge para fomentar e difundir produções contemporâneas, explorando as mais variadas possibilidades de atuação, dando destaque para o audiovisual. Espetáculos, mostras, oficinas, palestras, lives e bate-papos integram a programação on-line e gratuita, disponível no site e nas redes sociais do evento.

Quem acessar a programação poderá conferir espetáculos gravados antes da pandemia, que ficarão disponíveis na plataforma do festival durante o período de sua realização, com bate-papo com os artistas após a transmissão ao vivo; uma mostra de vídeo com criações de até 15 minutos, produzidas exclusivamente para o festival e financiadas pelo projeto; além de oficinas, palestras e lives, espaços para o debate da arte do circo e para a qualificação de artistas e produtores circenses interessados no tema. As oficinas também são gratuitas, mas exigem inscrição no site.

Um dos espetáculos que compõem a agenda é o “Todo Mundo Tem Um Sonho”, protagonizado por jovens com deficiência. A encenação, que já foi apresentada no Teatro Dante Barone e no Theatro São Pedro como parte da programação do 26º Porto Alegre em Cena, agora vai cruzar as fronteiras virtuais participando do Fecico. O trabalho foi produzido e realizado pelo Pertence, em parceria com as artistas Paula Carvalho e Bianca Bueno e traz ao público elementos de circo, teatro e dança, resultando em uma sensível obra poética constituída a partir das histórias e das potencialidades dos participantes. A exibição será no dia 22, às 14h, pelo site do festival. Logo após, às 16h, acontecerá uma palestra sobre circo, arte e inclusão para compartilhar com o público os detalhes da criação.

O Fecico surge como o primeiro evento no país a financiar criações de “videocirco” especialmente para compor sua programação, destacando uma arte ainda pouco difundida e que usa como referência a linguagem da “videodança”. O diretor artístico do festival, Gabriel Martins, destaca que um dos eixos de impacto do projeto está relacionado à geração de renda para produtores de cultura, já que o Fecico tem financiamento da Lei Aldir Blanc e beneficia cerca de 70 trabalhadores entre artistas, diretores e equipe audiovisual.

Além disso, o diretor ressalta que o foco é dar visibilidade às produções contemporâneas. “O circo habita no imaginário popular da alegria, do riso, e o festival surge para dar vazão às produções que se afastam desse imaginário, no sentido de mostrar que existem outros caminhos de pensar e fazer o circo”, afirma. Gabriel explica que o festival busca aproximar os interessados em explorar produções contemporâneas e incentivar a formação e reflexão dentro do campo circense. “Temos o desejo de que as pessoas descubram que existe esse tipo de produção sendo feita no Brasil, em especial aqui no Estado”, diz. O Fecico propõe a redescoberta e a valorização da arte circense para além das lonas e do picadeiro e já conta com inscritos de diversas regiões do país.

* Sob supervisão do editor Luiz Gonzaga Lopes


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