Para levar as palhaças mais a sério

Para levar as palhaças mais a sério

Festival Palhaças do Sul tem início nesta segunda e segue até domingo em versão virtual

Festival Palhaças do Sul fala de ações afirmativas das mulheres de hoje até o próximo domingo, 28 de março

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O festival Palhaças do Sul trata das ações afirmativas de mulheres, da batalha para chegar a todos os lugares e segmentos, da voz para dizer que no palco e no picadeiro é também seu lugar. O festival de palhaçaria feminina terá múltiplas ações como espetáculos, oficinas, debates, cabarés, podcasts e ainda a confecção de um livro registro para a posteridade, é muito bem-vindo nesse contexto. O objetivo é visibilizar o trabalho de artistas palhaças, trocar experiências e discutir as implicações de gênero na máscara e nas relações sociais entre artistas e comunidade. Palhaças do Sul é um projeto financiado pela Secretaria de Estado da Cultura do RS, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo do Governo Federal, por meio da Lei Aldir Blanc, e acontecerá de hoje a 28 de março, nas redes do projeto, de forma on-line.

Diversas ações de inclusão social estão presentes no festival, que discute amplamente a política afirmativa de gênero, incluindo oficinas teóricas que abordam o feminismo em suas diferentes vertentes, debates sobre a comicidade das mulheres negras, entre outras reflexões. No corpo técnico e artístico, há total prioridade na escolha de profissionais mulheres para todas as funções necessárias para a execução do festival. A curadoria dos espetáculos e números circenses se preocupou em beneficiar participantes de todas as regiões do RS, para que se conheça este recorte regional, portanto, houve inscrições para participações de artistas em todo o RS. Algumas atividades contarão com intérprete de libras. Todas serão gratuitas por ordem de inscrição. O Teatro Hebraica, proponente do projeto, dará suporte às apresentações dos espetáculos, que serão transmitidas por meio virtual. As apresentações, cabarés, podcasts e debates estarão disponíveis como registro e instrumento de pesquisa no www.palhacasdosul.com.


A programação abre hoje, das 10h às 12h, com a Oficina “Feminismos e a máscara cômica”, com Ana Fuchs, Daiani Brum e Tefa Polidoro. O festival segue das 14h às 17h, com a oficina “ELA - Experiência cênica para mulheres”, com Kalisy Cabeda, e também com a oficina “Palhaçaria Hospitalar”, com Eveliana Marques, a Ekin. Das 19 às 21h, será realizada a oficina “Corpo Criatura: palhaçarias e comicidades desejantes”, com Ana Flávia Garcia e Elisa Carneiro / Cabaré das Rachas (DF). Também no mesmo horário, rola a oficina “Palhaçaria Feminista Online”, com Circo di Sóladies (SP).

A arte da palhaçaria foi por muito tempo território de predomínio masculino. As mulheres não podiam portar a máscara e quando o faziam eram vestidas de homens. A aproximação das mulheres com a arte se intensificou com escolas de circo e os hibridismos entre teatro e circo, que possibilitaram que experimentassem e desenvolvessem as técnicas. No Brasil o movimento de Palhaçaria Feminina começou a tomar contornos expressivos na década de 1990, em ações desenvolvidas por artistas palhaças, como festivais, debates, pesquisas, escolas e oficinas. Atualmente, são 14 festivais, que jogam luz no trabalho feito, com diversas redes entre mulheres: rede de Palhaças do Brasil, de Festivais de Palhaças, Rede Catarina de Palhaças, Praiaças – Movimento de Palhaças da Baixada Santista, e outros.

 


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