Para marcar os 100 anos de Clarice

Para marcar os 100 anos de Clarice

PUCRS promove projeto que homenageia autora com ações às quartas e sextas e live em 10 de dezembro

A escritora Clarice Lispector faria 100 anos se viva fosse

publicidade

O projeto “Cem Anos de Clarice”, promovido pelo PUCRS Cultura, tem início nesta quarta-feira com vídeo inaugural do escritor Luiz Antônio de Assis Brasil, que é professor da Escola de Humanidades da universidade. O registro audiovisual será exibido hoje, às 12h, no YouTube e Instagram PUCRS Cultura. Na homenagem ao centenário de Clarice Lispector (1920-1977), o intelectual irá compartilhar com o público sua relação com a obra da autora. 

Em todas as quartas e sextas-feiras serão lançados vídeos, onde personalidades da literatura brasileira falam sobre o impacto da obra de Clarice em suas leituras e produções. Com publicações que incluem romances, novelas, contos, literatura infantil e crônicas, com mais de duzentas traduções para mais de dez idiomas, Clarice Lispector é considerada um dos maiores nomes da literatura brasileira. Dona de um silêncio denso, que ganhou o adjetivo “lispectoriano”, tinha uma personalidade misteriosa. O projeto “Cem Anos de Clarice” monta uma cartografia apaixonada de sua obra enigmática e arrebatadora, encerrando com uma live no dia 10 de dezembro - data oficial do aniversário da escritora. 
Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, pequena cidade da Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920. Com pai e mãe de origem judaica, veio para o Brasil ainda criança de colo, pois, em decorrência do antissemitismo, a família viu-se obrigada a emigrar. Criou-se em Maceió e Recife, mudando-se, aos 12 anos, para o Rio de Janeiro, onde formou-se em Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Naturalizou-se brasileira assim que atingiu a maioridade, trabalhou como jornalista e iniciou sua carreira literária. Casou-se em 1943 e viveu muitos anos no exterior, acompanhando seu marido, diplomata brasileiro, com quem teve dois filhos. Em 1943, publicou seu primeiro livro, “Perto do Coração Selvagem”, que foi aclamado pela crítica e premiado como melhor romance de estreia pela Fundação Graça Aranha (1944). “Laços de Família” (1960), “A Paixão segundo G.H.” (1964), “A Hora da Estrela” (1977) e “Um Sopro de Vida” (1978) são seus últimos livros publicados. Faleceu em 1977, no Rio de Janeiro, um dia antes de completar 57 anos. 
O convidado, Luiz Antonio de Assis Brasil, nasceu em Porto Alegre, em 1945. Possui graduação na PUCRS (1970), doutorado em Linguística e Letras pela mesma universidade (1987) e pós-doutorado pela Universidade dos Açores/Portugal (1992). Foi violoncelista da Ospa e, entre 2011 e 2014, secretário de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul. Possui 21 obras publicadas, especialmente no gênero ficcional-narrativo, no Brasil, Portugal, Espanha e França. Obteve os prêmios literários Machado de Assis, Jabuti, Portugal Telecom, Prêmio Literário Nacional do INL, Erico Verissimo, dentre outros. Atualmente, é professor titular da PUCRS, ministrando a Oficina de Criação Literária e atuando nos cursos de graduação em Escrita Criativa e no Programa de Pós-Graduação em Letras. 

 


Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta quinta-feira, dia 28 de março de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895