Paralelo Festival: Uma dimensão musical em São Francisco de Paula

Paralelo Festival: Uma dimensão musical em São Francisco de Paula

Festival reuniu oito mil pessoas em dois dias na Serra, unindo música de qualidade, harmonia do público e beleza do local

Luiz Gonzaga Lopes

Toquinho tocou sucessos de 55 anos de carreira na última noite do Paralelo Festival

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Após duas noites e mais de oito horas de música de qualidade com oito atrações do instrumental do Moio até a MPB de Toquinho, posso dizer que São Francisco de Paula conseguiu criar uma dimensão paralela para este mundo atribulado que vivemos nas grandes cidades, como Porto Alegre e outras.

A segunda edição do Paralelo Festival reuniu em duas noites trabalhos sonoros consolidados e outros que chamaram muito a atenção do público cidade serrana, em shows às margens do Lago São Bernardo, o principal cartão de postal de São Chico. O evento foi apresentado pelo ator Werner Schünemann.

No sábado à noite, as atrações foram as afirmativas 50 Tons de Pretas, o instrumental alta rotação do MOIO e as atrações do Mercosul, o rock enérgico Fiero e o som uruguaio das guitarras criolas do Milongas Extremas.

As atrações de domingo começaram no fim da tarde com o blues mágico de Luciano Leães e The Big Chiefs, seguindo com o instrumental orquestrado e pleno do Trabalho Especiais Manuais, o proto-rockabilly de Dex Romweber e finalizando com a MPB com cinco décadas e meia de história de Toquinho. 

O músico tocou seus principais sucessos de 55 anos de carreira, desde “Aquarela” até “A Casa”, passando por “Tarde em Itapuã”, música da qual contou a história que Vinicius de Moraes iria passar a letra para Dorival Caymmi e ele roubou o poema e mostrou para o poeta, que gostou muito da composição.

Vocacão musical de São Franciso de Paula

Curador e produtor do festival, Paulo Heineck, destacou que o festival cresceu em relação ao ano passado. “Melhoramos a infraestrutura com uma tenda para seis mil pessoas, camarote vip e outros detalhes e acertamos no line up, mostrando belas atrações que as pessoas não conheciam com nomes consolidados. Para a próxima edição que já tem data marcada, 23 e 24 de janeiro de 2021, queremos uma grande atração abrindo e outra fechando a cada dia, sendo um mais antigo que atinge a todos os públicos e um mais contemporâneo, sendo sempre do país e do Mercosul, além de alguma atração gringa”, afirmou Heineck. 

O produtor-executivo e cocurador Carlos Branco ressaltou a vocação de São Chico para eventos musicais ao ar livre e também a movimentação da economia local. “Geramos 100 empregos diretos e contando com os músicos, mais de 150 pessoas. Se contar a rede hoteleira, gastronômica e outras atrações turísticas foram mais de mil certamente. São Chico tem esta vocação e nós, como produtores, queremos reafirmar que a cultura gera mais emprego que a indústria automobilística e outros setores da economia”, disse Branco.

O produtor vai mais longe dizendo que São Chico investe três vezes mais em cultura do que as grandes cidades do Estado. “Estes 3% do orçamento representam uma movimentação de toda a economia local. É pensar grande. A Cultura no país nunca chega a 1% do orçamento anual”.

O secretário de Turismo, Esporte e Cultura de São Francisco de Paula, Rafael Castello Costa, observa que faz parte da estratégia de governo. “É a nossa vocação, colocar os holofotes e o investimento na cultura para movimentar o turismo e toda a economia da cidade. A cada evento, jogamos a régua mais para o alto. Não podemos fazer um menor do que o anterior. Temos Lei de Patrocínios, de Fomento à Cultura, Conselho de Cultura, Plano de Cultura e estamos estruturados para fazer São Chico atrair cada vez mais investimentos e público por meio da cultura”, avaliou Rafael. 


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