Peça com palhaços em situação de guerra estreia no Palco Giratório

Peça com palhaços em situação de guerra estreia no Palco Giratório

"Ordinários" terá sessões nesta quinta e sexta-feira no Teatro Renascença

Vera Regina Reis Pinto

Ideia foi concebida a parti de trabalhos com a ONG Palhaços Sem Fronteiras

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Nas últimas atrações do 14º Festival Palco Giratório Sesc, que encerra sua programação no próximo sábado, está "Ordinários", da Cia. La Mínima, em cartaz nesta quinta e sexta, às 19h, no Teatro Renascença (avenida Erico Verissimo, 307). Os ingressos estão à venda por R$ 30 (inteira) no site do festival. 
 
Alvaro Assad dirige a comédia paulista, que estreiou em novembro passado. No elenco, estão os atores Fernando Paz, Fernando Sampaio e Filipe Bregantim. 

Em algum lugar, três soldados formam um pelotão improvável e diante da angústia da espera, esmeram-se em treinamentos, até finalmente receber uma missão. Quanto mais avançam pelo território inimigo, fica evidente os segredos que um esconde do outro e oquanto são inadequados para o mundo da guerra. 

"Como fala de um assunto atual, da guerra e do (des) armamento da sociedade, em um momento de crise não só do Brasil, mas da China, Estados Unidos e Irã, está tendo uma boa recepção do público", afirma Fernando Paz.  O grupo questiona as razões da guerra e se existe, de fato, alguém apto para o campo de batalha. 

Conforme o ator, a aproximação com o Palhaços Sem Fronteiras foi fundamental para a concepção deste trabalho a partir de convite para fazer projetos com a ONG fundada em 2016, quando foi aceita como integrante da Palhaços Sem Fronteiras Internacional – Clowns Without Boders International (CWBI). 

"Foi importante há cerca de dois anos trabalhar com eles, se apresentando em zonas de vulnerabilidade social. Como no Brasil não tem zonas de guerra, eles atuam em comunidades e favelas, quilombolas e casas de acolhimento de imigrantes", detalha Fernando. 

A partir do convite para a La Minima de fazerem projetos conjuntos, ficaram tentados em fazer um espetáculo que falasse da guerra e tensão social, e como o homem e o palhaço reagem nesta situação. 

Cia La Mínima

Com 22 anos de trajetória, a La Mínima foi criada por Domingos Montagner e Fernando Sampaio, que se conheceram-se no Circo Escola Picadeiro (São Paulo), onde iniciaram uma dupla de palhaços. Levaram às ruas, reprises, entradas e outros números circenses e em 1997 fundaram a companhia, que estreiou com “LaMínima Cia. de Ballet”, baseada no humor físico e nas clássicas paródias acrobáticas. 

A arte circense e o olhar do palhaço são os motes, a partir de acrobacias aéreas, trapézio, coreografias e música ao vivo. Para a elaboração dos 14 espetáculos do repertório e a continuidade de seu processo criativo e de pesquisa, o coletivo contou com diversas formas de produção: patrocínio da Petrobrás, apoio do Itaú Cultural  e também leis e editais, em especial da Prefeitura e Estado de São Paulo. 

"Entendemos que é fundamental o apoio do Estado para que se faça arte no país. Este apoio retorna ao estado com um valor muito maior do que foi investido, não só na forma de sua função social, como de impostos", declara Fernando. "Está havendo uma desvalorização muito grande da arte. E um país não se faz apenas com emprego e trabalho", completa. 


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