Podcast Ficções destaca a Cia. Brasileira de Teatro

Podcast Ficções destaca a Cia. Brasileira de Teatro

Projeto do Itaú Cultural coloca no ar dois episódios do coletivo paranaense. Um fala das consequências da chacina de 2013 no Complexo da Maré e a outra sobre três irmãs reunidas após o velório dos pais

Correio do Povo

Grace Passô em cena de "Maré"

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A Companhia Brasileira de Teatro assina os dois primeiros episódios de setembro do podcast Ficções Itaú Cultural – uma série de audiodrama, que a cada quinta-feira coloca no ar uma produção inédita com dramaturgia e interpretação de diretores, dramaturgos e artistas convidados. Neste dia 2, o público confere no site www.itaucultural.org.br, "Maré", com texto e direção de Marcio Abreu e no elenco vocal, as atrizes Cássia Damasceno e Grace Passô. No dia 9 será a vez de "Luto", com direção e dramaturga de Giovana Soar.

"Maré" tem como ponto de partida o Complexo da Maré, um dos maiores conjuntos de favelas do município do Rio de Janeiro. Localizado na zona norte da cidade, o local foi, em 2013, cenário de uma chacina que chocou a população, enquanto o país passava por uma série de protestos e manifestações, as Jornadas de Junho. Com base no desenho sonoro assinado pelo músico e compositor Felipe Storino, as vozes de Cássia Damasceno, Fábio Osório Monteiro, Felipe Storino, Giovana Soar, Grace Passô, Key Sawao e Nadja Naira dão vida à áudio-peça, cujo texto escrito em 2015 é uma reação artística ao real em forma de ficção. A companhia alerta para o fato de chacinas como a da Maré acontecerem em diversas favelas do Rio de Janeiro e do país, desde tempos imemoriais. 

"Luto" entra no ar na semana seguinte como um exercício sonoro com dramaturgia e direção de Giovana Soar. Nele, três irmãos adultos – interpretados por Helen Kaliski, Rodrigo Ferrarini e a própria diretora – se reencontram na casa de sua infância depois do funeral dos pais. Eles não conseguem se comunicar de maneira convencional, e descrevem suas ações no espaço físico da casa. Assim como uma orquestra de câmara para três instrumentos, a trama se desenvolve alternando momentos de riso e de terror.

Sobre o grupo
A Companhia Brasileira de Teatro é um coletivo de artistas de várias regiões do país fundado em 2000 pelo dramaturgo e diretor Marcio Abreu, em Curitiba, onde mantém sua sede, em um prédio antigo do centro histórico. A pesquisa do premiado grupo é voltada, em especial, para as novas formas de escrita e para a criação contemporânea. Mantém um repertório ativo e com o qual circula com frequência. Entre suas principais realizações estão peças com dramaturgia própria, escritas em processos colaborativos e simultâneos à criação dos espetáculos, como "Preto" (2017), "Projeto Brasil" (2015) e "O Que Eu Gostaria de Dizer" (2008). Das peças mais recentes, destacam-se trabalhos como "Por Que Não Vivemos?" (2019), adaptação da obra "Platonov", de Anton Tchekov, e "Bem-vindos à Espécie Humana" (2019), livre adaptação do texto do francês Benoit Lambert. 

 


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