Porto Alegre abre as cortinas para o teatro local em junho

Porto Alegre abre as cortinas para o teatro local em junho

Nas estreias estão peças de Marcelo Adams, Coletivo Errática e Zé Adão Barbosa

Correio do Povo

‘Dispositivo - A Gaivota’, do Coletivo Errática, estreia dia 7, no Teatro Renascença

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Os palcos de Porto Alegre abrem suas cortinas para peças locais no mês de junho. A transcriação de “A Gaivota”, de Anton Tchekhov (1860 - 1904), uma das maiores obras da dramaturgia moderna, que desdobra narrativa e personagens ecoando temas do Brasil de hoje, é o mote do novo trabalho do Coletivo Errática, que estreia nesta sexta-feira. “Dispositivo - A Gaivota” tem direção e texto de Francisco Gick e pode ser conferida no Teatro Renascença (Erico Verissimo, 307), de sextas a domingos, 20h30min, até o dia 23 de junho.

À beira de um lago congelado, o dramaturgo russo delira na narrativa com personagens inconclusos, indefinidos, cheios de dúvidas e angustiados por um mundo que não podem compreender, assim como nós.Em cena, desejos não efetivados − em relação à arte, ao teatro, ao amor e à vida − destas pessoas que, como nós, não entendem seus destinos, mas que não param de buscar algum sentido para suas existências. No elenco estão Jezebel De Carli, que sempre dirigia as montagens do grupo e agora se integra ao elenco, Claudio Loimil, Diogo Rigo, Guega Peixoto, Gustavo Dienstmann, João Pedro Decarli, Mani Torres e Nina Picoli.

No projeto Novas Caras da Secretaria Municipal de Cultura, “O Polvo” traz oito cenas com temas desconcertantes e provocativos, com direção e texto assinados por Marcelo Adams. Em temporada nas terças de junho, 20h, na Sala Álvaro Moreyra (Erico Verissimo, 307), expõe os afloramentos e os subterrâneos da vida em sociedade, abordando a violência contra mulheres, pedofilia, incesto, eutanásia e ainda relacionamentos homoafetivos, empoderamento feminino e relações intrafamiliares.

A peça pode ser lida por meio da imagem metafórica do polvo, dotado de oito tentáculos, cujas ventosas se agarram aos objetos que deseja alcançar. A exemplo do animal, a encenação também propõe breves e intensas experiências aos espectadores-testemunhas, que são tocados pela contundência emocional de cada cena e confrontados com a urgência dos temas apresentados: violências físicas e emocionais com as quais se deparam as personagens. Sobem ao palco 14 atores, alunos de Marcelo no curso de Licenciatura em Teatro pela Uergs.

O Bar Ocidente (João Telles esquina com Osvaldo Aranha) sedia “Só para Mulheres... e Homens Também”, que passeia entre o drama e a comédia, nas quartas e quintas, até o próximo dia 13, sempre 20h. Com direção de Zé Adão Barbosa e Carlota Albuquerque, trata de temas do universo feminino, nas interpretações de Ana Maria Mainieri, Cristina Kerwaldt, Giovana de Figueiredo e Maria Bufrem, que também cantam e dançam.

rabalho, amor, separação, TPM e sexo são focados em texto original e de Sara Kane, Elisa Lucinda e Brecht, entre outros. A cada edição o espetáculo receberá convidadas, para participar de um quadro de entrevistas. Quem abre é a ativista do movimento trans, Gloria Crystal (dia 5), seguida das jornalistas Katia Suman (dia 6) e Carol Anchieta (dia 12) e da educadora Esther Grossi (dia 13).


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