Porto Alegre em Cena e nas telas

Porto Alegre em Cena e nas telas

A 27ª edição de um dos maiores festivais cênicos das Américas terá início nesta quarta e segue até dia 31 com formato digital

Performance-filme 'Marcha a Ré', idealizada por Nuno Ramos e filmada por Eryk Rocha será o destaque da abertura do festival

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A 27ª edição do Porto Alegre Em Cena tem início nesta quarta, às 11h, com a sua mais completa reinvenção, provocada pela conjuntura atual da pandemia. Os palcos foram trocados pelas telas nestes dez dias de programação até 31 de outubro. A reflexão do festival é sobre o #corpofuturo se apresentando no presente, de maneira futurista. A abertura se dará com o Ponto de Encontro, às 11h, característica marcante do festival ao longo do tempo, mas nas noites, após as atividades cênicas e de debates. O ponto de encontro será comandado pela jornalista Bruna Paulin e uma das atrações desta quarta-feira é o podcast “Crônicas do Amanhã”, com o episódio “A Protagonista”. A transmissão será no canal do portoalegreemcena.com.

Das atrações desta quarta-feira, o simbolismo dos novos tempos, mezzo presenciais, mezzo virtuais, é marcado pela impactante “Marcha a Ré”, do grupo paulista Teatro da Vertigem (com ingressos limitados). O espetáculo é uma performance-filme, que se tornou um ato político, programado para ocorrer na Bienal de Berlim, na Alemanha, e adaptado à realidade da pandemia no Brasil. “Eles fizeram uma grande performance. Em vez de fazer em Berlim e em Porto Alegre, eles fizeram em São Paulo, na Avenida Paulista, adaptada para tempos de Covid-19. E pegaram o gancho todo dos movimentos políticos e convidaram o Eryk Rocha para filmar a performance”, destaca o diretor do festival, Fernando Zugno. Idealizado em parceria com Nuno Ramos, comissionado pela 11ª Bienal de Berlim, e filmado por Eryk Rocha, “Marcha a Ré” ocupou a Avenida Paulista, em 4 de agosto, em cortejo doloroso no qual uma centena de motoristas-participantes conduzem automóveis em trajeto real e em marcha a ré, que “parte” da Paulista e “termina” no Cemitério da Consolação. O cortejo é conduzido pelo som de respiradores, em sonoplastia que simboliza o drama de milhares de mortos pela Covid-19. O vídeo que será apresentado e debatido via Zoom, com a participação de Nuno Ramos, diretores do Teatro da Vertigem e Eryk Rocha, além dos parceiros de coprodução, do festival e de Berlim. 

A janela para o futuro será a videoinstalação escocesa “Body A”, de Colette Sadler. A apresentação coloca seus holofotes em uma nova ideia de tecnologia e nos limites da relação entre humano e não humano, entre corpo e bites, dados e informações. A atração será exibida todos os dias até 31 de outubro, às 20h30min. Ao lado de “Body A”, mais duas outras atrações internacionais estão na grade. “As I Collapse”, do grupo Recoil, da Dinamarca (29 e 30, às 18h, 18h45min, 20h e 20h45min (ingressos limitados). A performance será mostrada pela primeira vez no Brasil em duas partes, a primeira pelo zoom e a segunda na presença de uma voz e de um objeto que será entregue na casa das pessoas que garantirem seus ingressos. “Corpo Futuro” (26, às 21h) será on-line e gratuito pelo YouTube e site), com texto e direção de Ricardo Cabaça e no elenco a gaúcha Evelyn Ligocki e Haroldo Costa Ferrari. 


Completam a programação, as performances locais do Braskem em Cena, o projeto Em Quadros, com projeções em paredes e muros da Capital, além do Galerias em Cena, Comendo em Cena e outras atrações. Tudo pode ser conferido pelo www.portoalegreemcena.com.

 


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