Prefeitura de cidade mineira vai negociar multa com Gusttavo Lima após cancelamento de show

Prefeitura de cidade mineira vai negociar multa com Gusttavo Lima após cancelamento de show

"Cancelamento é necessário para preservar a paz, a ordem e a imagem do evento", disse o prefeito de Conceição do Mato Dentro

R7

Gusttavo Lima teve shows cancelados

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A Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, cidade da região Central de Minas Gerais, que fica a 154 quilômetros de Belo Horizonte, negocia a rescisão amigável com o cantor Gusttavo Lima após o cancelamento do show que o sertanejo iria fazer na cidade.

Neste final de semana, o prefeito José Fernando Aparecido de Oliveira, do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), confirmou que Gusttavo Lima e a dupla  Bruno e Marrone não irão mais participar da 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. O evento aconteceria entre os dias de 17 e 23 de junho. Só com os cachês dos músicos cancelados, o município gastaria R$ 1,7 milhão.

De acordo com o prefeito, o contrato assinado em abril deste ano previa o pagamento de metade do cachê (R$ 600 mil) no dia da assinatura, porém, por problemas na documentação, o valor não foi pago.

Para o jornalismo da Record TV Minas, Oliveira disse que o cancelamento foi feito após a repercussão negativa. "Gusttavo Lima é o maior cantor sertanejo do Brasil e arrasta multidões. O povo de Conceição do Mato Dentro tem o direito de assistir o cantor ao vivo. Já recebemos na cidade grandes cantores como o Zezé de Camargo e o Luciano, mas, o cancelamento é necessário para preservar a paz, a ordem e a imagem do evento", disse o prefeito.

Nas redes sociais, Gusttavo Lima se manifestou, alegando estar sendo perseguido. "(Estou) sofrendo perseguições na minha vida pessoal e profissional. Estou cansado, quase jogando a toalha. É triste ser tratado como um criminoso, um bandido", disse em live na conta do instagram.

No último sábado (28), durante o anúncio do cancelamento do show, o prefeito da cidade já havia dito que a festa "foi envolvida em uma guerra político-partidária que não tem nada a ver com a cidade e com o que a Cavalgada representa".

Para a prefeitura de Conceição do Mato Dentro, não haverá a necessidade de indenizar o cantor já que o cancelamento é justificável.

Ministérios investigam valores cobrados

O  Ministério Público de Contas de Minas Gerais instaurou um procedimento preparatório para investigar o contrato dos cantores sertanejos no festival de Conceição do Mato Dentro. Ao todo seriam gastos R$ 2,3 milhões para a contratação de nomes consagrados como Gusttavo Lima, Bruno e Marrone.

Para o procurador Glaydson Massaria, o orçamento que seria gasto custaria quase 25% do que o município aplicou, em um ano, no fundo de manutenção e desenvolvimento da educação básica. Uma cópia do contrato, dos procedimentos licitatórios e de todas as despesas foram solicitadas.

Sobre a denúncia, o prefeito José Fernando Aparecido de Oliveira informou que, dentro do prazo de 15 dias, enviará todos os documentos. "Todos os gastos estão disponíveis no portal da transparência no município.

Sobre os gastos, o prefeito afirma que não há irregularidades. "Os recursos do evento vem dos royalties da mineração e a lei define que serão destinados pelo menos 20% para atividades relativas a diversificação econômica. O turismo é uma grande atividade de desenvolvimento econômico do município e a festa, uma das maiores entre os eventos religiosos no Brasil. É a segunda maior cavalgada do país. Como administrador público, só faço o que a lei me permite fazer", diz o prefeito.

Na sexta-feira (27), o Ministério Público de Minas Gerais informou que abriu um procedimento para avaliar a necessidade de investigar o gasto milionário.

O jornalismo da Record TV Minas ainda aguarda retorno da assessoria de imprensa de Gusttavo Lima. A assessoria da dupla Bruno e Marrone informou que não irá comentar sobre contratos.


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