Presença do Brasil na cerimônia do Oscar foi forte nos anos 1990
Cidade de Deus, Central do Brasil e O Menino e o Mundo foram alguns dos filmes nacionais que concorreram nas premiações
publicidade
Mais uma vez, o Brasil ficou de fora do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, categoria agora denominada Filme Internacional. Submetido à premiação, "A Vida Invisível", de Karim Aïnouz, não passou na pré-seleção, o que aconteceu com o documentário "Democracia em Vertigem", de Petra Costa. O anúncio dos indicados do Oscar 2020 foi feito nesta segunda-feira.
Produções totalmente nacionais foram indicadas na categoria de Melhor Filme Estrangeiro três vezes, sem vencer nenhuma. O primeiro deles foi "O Pagador de Promessas" (1962), longa-metragem dirigido por Anselmo Duarte que venceu a Palma de Ouro em Cannes.
Dois exemplares da retomada do cinema brasileiro, nos anos 1990, também estiveram na disputa. Em 1996, "O Quatrilho", de Fábio Barreto, concorreu e perdeu para o holandês "A Excêntrica Família de Antonia". "O Que é Isso, Companheiro?", de Bruno Barreto - irmão de Fábio - perdeu para "Caráter", na cerimônia de 1998.
Coproduzido por Brasil e França, "Central do Brasil", de Walter Salles, foi indicado a duas categorias no Oscar de 1999, Melhor Filme Estrangeiro, perdendo para "A Vida é Bela", de Roberto Benigni, e Melhor Atriz para Fernanda Montenegro - nesta categoria, Gwyneth Paltrow foi a vencedora.
"Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, foi indicado a quatro Oscar na cerimônia de 2004: Diretor, para Fernando Meirelles, Roteiro Adaptado, para Bráulio Mantovani, Fotografia, para César Charlone e Edição, para Daniel Rezende. Mesmo aclamada, a produção não levou nenhuma estatueta.
Nos últimos anos, houve as indicações de "O Menino e o Mundo" (2016), de Alê Abreu, na categoria Melhor Animação, e "Me Chame Pelo Seu Nome", que concorreu a quatro estatuetas e tem entre os produtores o brasileiro Rodrigo Teixeira, da RT Features. O documentário anglo-brasileiro Lixo Extraordinário foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2011.
Em 1960, "Orfeu Negro", baseado em peça de Vinicius de Moraes, levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Apesar de ter sido rodado no Brasil e de ser falado em português, o longa dirigido por Marcel Camus representou a França na disputa.