Quarta temporada de La Casa de Papel repete fórmula do sucesso

Quarta temporada de La Casa de Papel repete fórmula do sucesso

Nova parte da série espanhola estreia nesta sexta-feira na Netflix

Marcos Santuario

Em nova temporada, La Casa de Papel mantém trama envolvente e repleta de reviravoltas

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Um homem conhecido como Professor recruta uma jovem assaltante e outros sete criminosos para um grande roubo. O alvo é a Casa da Moeda da Espanha. De um argumento aparentemente simples surge uma história que já conquistou os quatro cantos do mundo. Não é por nada que os atores relatam, constantemente casos de fãs, de diferentes nacionalidades que os confundem com seus próprios personagens. A série “La Casa de Papel”, com sua quarta temporada estreia na próxima sexta-feira, dia 3, e se mostra como fenômeno universalizado pelo consumo de produções audiovisuais via streaming.

Aposta forte da plataforma Netflix, a produção espanhola conquistou audiências em várias línguas e em várias culturas, e segue sua receita de sucesso na nova temporada. Com os fortes personagens que irromperam nas temporadas anteriores, como Nairobi, Berlin, Helsinki e Palermo (estes todos que estiveram presentes em um painel da Netflix na CCXP 2019, em São Paulo), não poderia ser menor o impacto da trama que ficou reservada para esta quarta temporada. 

Ao ver os cinco primeiros episódios (dos oito desta temporada) percebe-se, de novo, a intensidade e a criatividade da trama. Mesmo faltando ver os últimos três, não é temerário afirmar que se perfilam como um novo momento de engajamento dos fãs que acompanharam os dramas do grupo de assaltantes, recrutados pelo Professor (vivido pelo ator Álvaro Morte), para um assalto cinematográfico à Casa da Moeda da Espanha, em Madri.

Difícil vai ser não querer “maratonar” imediatamente todos os episódios que compõem a temporada. A fórmula funciona ante o desejo de não abandonar o envolvimento com o roteiro bem construído que parece conduzir a audiência por uma mão certeira, revelando, em pequenas doses, uma série de “porquês”, “como” e “para onde”. 

O criador da série, Alex Pina e os produtores não deixariam o sucesso das temporadas 1, 2 e 3 sem uma continuação que, no mínimo, pode reacender o desejo de muitos em rever os episódios das temporadas anteriores. E olha que é uma boa dica. São muitos os detalhes no “quem é quem” e “fez o que”, sendo a soma destas lembranças dos episódios anteriores fundamental para engajar-se ainda mais na nova narrativa. O ritmo continua alucinante. As reviravoltas na trama também. 

Dentro e fora da Casa da Moeda, onde novamente se encontram todos (os que não morreram), drama e ação se encontram com a humanidade dos personagens, produzindo empatias explícitas. Surgem novos personagens, como o chefe de segurança Gandia, e outros, que eram secundários nas tramas anteriores, assumem seu protagonismo.

A ação agora se intensifica e a técnica do flashback é fundamental para consolidar personalidades e apontar a narrativa que segue. Mantém a lógica de “nada de nomes” e “nada de relacionamentos”. Mas a segunda regra não é tão fácil de seguir, como já ficou provado em episódios anteriores. 

Resgate 

Depois das primeiras temporadas, os personagens acumulam perdas, ganhos, aventuras, romances, medos, frustrações e vitórias. Já ficaram ricos e famosos e viveram − mais ou menos − disfarçados em lugares paradisíacos espalhados pelo mundo. Se juntaram novamente para um resgate. E para libertar o parceiro e proteger o esconderijo dos outros integrantes da quadrilha voltaram a reunir-se para realizar outro assalto.

Na realidade, o maior roubo já pensado. Além, dos novos personagens estão de volta Nairobi (Alba Flores), Denver (Jaime Lorente) e sua companheira Estocolmo (Esther Acebo), Helsinki (Darko Peric) e a ex-policial Lisboa (Itziar Ituño) - que, apaixonada pelo Professor, se juntou a ele no fim da segunda parte.

Nesta quarta temporada, em que o grupo de ladrões realmente sente uma mescla de raiva e dor, o Professor coloca em prática um plano de fuga perigoso. A liderança que já foi masculina, passou por um período de "matriarcado" e agora dá nova reviravolta, construindo ainda mais tensão entre os mascarados e o grupo de reféns pelos corredores da Casa da Moeda. E um último detalhe: não se trata de filme de zumbis, mas os mortos sempre podem retornar à trama.


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