Renée Zellweger faz a estrela de Judy Garland brilhar em "Judy - Muito Além do Arco-Íris"

Renée Zellweger faz a estrela de Judy Garland brilhar em "Judy - Muito Além do Arco-Íris"

Cinebiografia da atriz estreia nesta quinta-feira nos cinemas

Lou Cardoso

Renée Zellweger interpreta Judy Garland na cinebiografia que estreia nesta quinta nos cinemas

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Judy Garland foi uma atriz moldada para o sucesso desde criança. Os magnatas dos grandes estúdios cinematográficos controlaram cada centímetro, segundo e suspiro daquela estrela em ascensão que viraria um ídolo americano da sua época. Parecia que tudo tinha dado certo, mas para os poderosos de Hollywood. Já para Judy, foi o início do seu fim. 

As últimas consequências de uma vida exposta e controlada da atriz foram narradas na cinebiografia “Judy - Muito Além do Arco-Íris”, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros. Dirigido por Rupert Goold, o filme é protagonizado por Renée Zellweger, forte candidata a levar o Oscar de Melhor Atriz neste ano, que está retornando aos poucos a sua carreira em Hollywood. Um tanto simbólica a escolha de Renée em interpretar Judy Garland exatamente no período que a atriz tentava se reerguer e se manter relevante no show business. 

No filme, sem público e se submetendo a pequenos shows na madrugada adentro em Nova Iorque, Judy encara o desafio de reconquistar os fãs, desta vez, em Londres, carentes de uma super star em cima do palco. Com uma oportunidade de ganhar dinheiro para poder sustentar os filhos, a atriz embarca nesta nova turnê na esperança de ser a última vez. 

Desde o momento em que entra em cena, Renée encarna o que aqueles últimos meses representaram para Judy Garland, que já tinha atingido o limite da sua saúde mental e física. O filme de Rupert Goold se diferencia da maioria das cinebiografias, que tentam trazer um final feliz para a sua protagonista, pois ele sabe que não existiu uma redenção para atriz, que viria falecer alguns meses depois do encerramento dos suas apresentações em Londres. 

A honestidade sobre a vida íntima de Judy, que era viciada em muitos remédios, seja para dormir, acordar, perder apetite, entre outros, traz uma retratação humanizada da atriz, que poderia cair facilmente na superficialidade do título de “Diva”. Do mesmo modo que em “Rocketman”, Elton John decidiu não esconder nada, em “Judy” há esta mesma impressão de que aquele recorte escolhido para ir as telas foi o suficiente para a empatia pela sua jornada e o que a levou até estas condições.

Além disso, o diretor foi esperto em trazer as impressões de outras pessoas próximas a Judy, que também sofriam ou tinham muita impaciência com o seu comportamento, para que o filme fosse justo para ambos os lados e não apelasse para o vitimismo exagerado. 

“Judy - Muito Além do Arco-Íris” é um filme dominado por Renée Zellweger, que se entregou completamente a este papel que já é um dos mais importantes da sua carreira. A trilha sonora, inteiramente cantado por ela, torna a projeção ainda mais verdadeira. E aos que reclamam que a atriz parece estar em uma mesma nota durante o filme todo deveria realmente prestar atenção nas informações que a narrativa apresenta.

Merecidamente, Renée já levou todos os prêmios que concorria por este papel e já se prepara para ganhar o Oscar, o seu primeiro como atriz principal, por esta atuação impactante, triste e humanizada. Se o único desejo de Judy Garland era não ser esquecida, com este filme, a estrela dela nunca mais será apagada.

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