Um amor de mãe com muito humor em peça teatral

Um amor de mãe com muito humor em peça teatral

‘Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito’ está em cartaz no Theatro São Pedro

Correio do Povo

Atores Vera Fischer, Mouhamed Harfouch e Larissa Maciel protagonizam o espetáculo no Theatro São Pedro

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Vera Fischer retorna à cena, após quatro anos, estrelando “Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito”, em que celebra 55 anos de carreira, ao lado da gaúcha Larissa Maciel e do carioca Mouhamed Harfouch. Com texto inédito de Eduardo Bakr e direção de Tadeu Aguiar, que há pouco trouxe a Porto Alegre o elogiado musical “A Cor Púrpura”, o espetáculo estará no Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/nº), nesta sexta-feira, 21h; sábado, 17h (sessão extra) e 21h e domingo, às 18h. Os ingressos estão à venda pelo Sympla e também no local. 
Dulce Carmona recebe a notícia de que seu único filho, Lauro, vai se casar com uma desconhecida. A partir dai, a comédia mostra a luta de uma mãe obcecada para dar ao filho um futuro digno de sua “classe social”. A septuagenária então, entra em uma guerra com a noiva do filho para manter a imagem da família. “A peça coloca uma lente de aumento sobre sentimentos e sensações de cada um dos personagens. Destaco o exagero sobre os pensamentos, desejos e motivações”, conta o autor. “Além do amor materno, há outros amores permeando a peça: o amor do filho pela mãe, do homem pela mulher, da mulher pelo homem, e, até, pelos filhos que poderão vir. A montagem mostra um pouco desse amor atávico, mais forte do que a gente”, detalha o diretor. 
Ambientada em uma casa aristocrática com uma certa decadência, a narrativa parte da premissa da relação de uma mãe superprotetora com seu filho, ao se deparar com outra mulher, a noiva deste. O figurino acentua a personalidade das personagens e suas transformações. A paleta vai do nude ao bordô intenso, para marcar a trajetória de Carmona, sendo utilizada a mesma em gradação inversa para Gardênia. “Um contraste surpreendente será revelado na cena de casamento de Gardênia e Lauro, identificando os desejos reais das duas mulheres de sua vida”, especifica Ney Madeira, que assina o figurino com Dani Vidal.
“O texto vai tomando rumos totalmente inesperados. As pessoas vão esperando uma coisa e acontece uma mudança”, diz Larissa. A peça estava pronta quando começou a pandemia, sendo retomada após a liberação dos protocolos, em fevereiro último, no Rio de Janeiro, onde ficou até abril. Como o projeto foi viabilizado sem patrocínio, com o esforço da equipe, esperaram para fazer temporada com lotação completa. No decorrer destes dois anos, fizeram leituras, mexeram no texto e chegaram a apresentar com o palco virado para a rua. 
Com um extenso trabalho no cinema e televisão, que inclui sete novelas, Larissa deixou a Record TV, onde trabalhou de 2013 a 2019, porque estava com muita saudade de fazer teatro. Estava com a filha pequena e não queria prejudicar seu tempo com ela, dividindo-se entre a tela e o palco. Recusou trabalhos e fez “Dogville” há três anos, em Brasília. “Tive o privilégio de alfabetizar a minha filha (no isolamento social)”, fala sobre Milena, hoje com oito anos. “Teatro é uma experiência única que só acontece no palco. Nunca fazemos exatamente a mesma peça”, declara. No retorno ao presencial, ficou feliz ao receber muitos espectadores que estavam indo ao teatro pela primeira vez.


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