Um dia para comemorar o livro digitalmente

Um dia para comemorar o livro digitalmente

Festa Digital do Livro, da Fundação Joaquim Nabuco, terá 18 horas de programação online ininterrupta, na quinta-feira, dia 23

Professor e tradutor Lawrence Flores Pereira mergulha no universo de William Shakespeare

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Em celebração ao Dia Internacional do Livro e em homenagem a escritora Clarice Lispector, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizará, nesta quinta, 23, a Festa Digital do Livro. O evento começará às 6h e seguirá até a meia-noite pelo flidfundaj.com.br, facebook.com/fundacaojoaquimnabuco e Instagram: @fundajofici. Serão 18 horas ininterruptas de lives de palestras, debates, entrevistas, recitais, filmes e programas de rádio e TV. O universo do irlandês James Joyce, uma das inspirações de Clarice, está relacionado à duração do evento. Em seu clássico “Ulisses” (1922), Joyce leva seu Leopold Bloom em uma viagem de 18 horas por Dublin.

Durante o evento, participarão diversas personalidades, entre escritores, professores, artistas, jornalistas e articuladores culturais do país e do mundo. Será discutido desde o livro em si - obras, escrita, história etc. -, até formatos físico e digital. A jornalista e escritora Clarice Lispector será homenageada pelo seu centenário, a ser lembrado em dezembro deste ano. Ucraniana naturalizada brasileira, a escritora é uma das autoras mais importantes internacionalmente do século 20 e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Por isso, também, a cultura judaica integra a tríade de temas centrais. “Nada melhor no Dia Internacional do Livro que uma homenagem a mais internacional das escritoras brasileiras”, aponta o presidente da Fundação, o escritor Antônio Campos. Sobre o formato, Campos ressalta: “As lives ou videoconferências nunca estiveram tão presentes e foram usadas de tantas formas quanto agora. Nosso esforço é para continuarmos atuantes, com iniciativas e atividades de qualidade. É um momento também de estimular a leitura”. 


A abertura, às 6h, contará com o poema “Tecendo a manhã”, do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, amigo de Lispector, além da fala do presidente da Fundação, Antônio Campos, ao vivo na TV Fundaj. A leitura do horóscopo e das principais manchetes de jornais do 10 de dezembro de 1920 (nascimento da homenageada), a programação musical trazendo canções do Recife nas décadas de 1920 e 1930, antecedem a primeira entrada do programa de rádio e TV “A Hora das Estrelas”.
Mercado. Na sequência, a Festa discute “O Livro Didático no Brasil”. Quem assume a primeira palestra é a agente literária Luciana Villas-Boas, que refletirá sobre a situação atual e o mercado editorial em “Melhor estar no negócio do livro do que no da aviação”. 

À tarde, a jornalista e escritora Cláudia Nina, que editou o caderno especializado em literatura do Jornal do Brasil, Ideias & Livros, e contribuiu para o Prosa & Verso, de O Globo; faz a segunda palestra: “O Pequeno Mundo Compartilhado - a subjetividade pulsante nas crônicas de Clarice”. Cláudia é autora de “A palavra usurpada: exílio e nomadismo na obra de Clarice Lispector” (2003). Logo depois, o jornalista Marcelo Pereira é convidado a responder perguntas sobre o cronista pernambucano Antônio Maria e Lispector. O professor Lawrence Flores Pereira, doutor em Teoria da Literatura pela PUCRS, realiza leitura de trechos da obra de William Shakespeare, na data do aniversário de morte do bardo inglês. O professor João Cezar de Castro Rocha abordará Shakespeare e Miguel de Cervantes dentro de uma perspectiva comparada.

A leitura de trechos do romance “Dom Quixote”, de Cervantes, pelo espanhol Ángel Espina Barrio; e a entrevista ao escritor Lucilo Varejão Neto, presidente da Academia Pernambucana de Letras, encerram a programação vespertina. A exibição do curta “Clandestina Felicidade”, de Marcelo Gomes e Beto Normal, e a divulgação dos resultados dos concursos Claricem Imagens e Claricem Palavras integram o momento. Os ganhadores serão premiados com entradas para os cinemas da Fundação ou fotobiografia da escritora. O encerramento fica por conta da leitura das histórias de fantasmas de "Assombrações do Recife" (1955), de Gilberto Freyre. 


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