Um Oscar de surpresas e prêmios distribuídos

Um Oscar de surpresas e prêmios distribuídos

Filme sul-coreano “Parasita” foi o grande vencedor da cerimônia realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos

Marcos Santuário

Bong Joon-ho celebrou as premiações recebidas no Oscar

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Há um grande vencedor no Oscar 2020, e não é pela quantidade de estatuetas recebidas, mas sim pelo significado destas conquistas. O filme sul-coreano “Parasita” surpreendeu, aparentemente, até seus realizadores, ao sair como grande vencedor do Oscar neste domingo. A cerimônia dos melhores do cinema, em Los Angeles concedeu quatro Oscar para o longa sobre diferença de classes, dirigido por Bong Joon Ho (o mesmo de “O Hospedeiro” e “Okja”). O filme também se torna o primeiro não falado em língua inglesa a vencer na categoria de Melhor Filme. A produção levou ainda os prêmios de roteiro original, diretor e filme Internacional.

Já aquele que era considerado grande aposta como Melhor Filme, o drama de guerra “1917”, de Sam Mendes, foi reverenciado somente nas questões técnicas, levando para casa as estatuetas de Fotografia, Efeitos Visuais e Mixagem de Som. Nas categorias de atuação estavam os prêmios mais previsíveis, e que não surpreenderam. Joaquin Phoenix e seu Coringa e Reneé Zellweger e sua Judi Garland foram considerados os melhores como Ator e Atriz. Brad Pitt e sua atuação no filme de Tarantino, e Laura em seu papel em “História de um Casamento” foram vencedores na categoria de coadjuvantes. Apesar de atores de destaque e de sucesso no meio, foi o primeiro Oscar em atuação que Brad Pitt recebe, e no caso de Phoenix é o primeiro de sua carreira. 

O Brasil saiu da cerimônia sem levar seu primeiro Oscar. "Indústria Americana" desbancou a produção brasileira “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, abocanhando o Oscar de Melhor Documentário. Produzido pelo casal Obama, o documentário vencedor mostra os contrastes entre a cultura americana e chinesa durante a abertura de uma fábrica em Ohio, nos Estados Unidos. 

Entre os destaques da cerimônia vale apontar que, pela primeira vez em 92 anos, uma mulher conduziu a orquestra da premiação, tocando todas as trilhas sonoras indicadas. No final, sem surpresa, o Oscar da categoria musical ficou com o filme "Coringa" e a islandesa Hildur Guðnadóttir.

Ainda que com várias indicações, “Coringa”, Ford vs Ferrari” e Era uma vez em Hollywood” levaram somente duas estatuetas cada. Mas a produção que saiu de mãos vazias, apesar de ter entrado com dez indicações foi “O Irlandês”, de Martín Scorsese, que teve, pelo menos, uma reverência de Bong Joon Ho, que o citou ao receber o Oscar de direção. O sul coreano disse que estudou Scorsese e que Tarantino foi um dos primeiros a elogiá-lo. Feliz, leva pra casa as primeiras estatuetas ganhas por seu país.


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