Versão definitiva de “Apocalypse Now” chega acompanhada de dois documentários

Versão definitiva de “Apocalypse Now” chega acompanhada de dois documentários

Pandora Filmes disponibiliza o longa na plataforma digital Belas Artes à La Carte

Marcos Santuario

Filme "Apocalypse Now" está disponível na plataforma digital Belas à La Carte

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Não é de se estranhar que “Apocalypse Now: Final Cut” tenha a marca de ser o filme mais procurado pelo público do Belas Artes Drive in, tendo suas vendas esgotadas em menos de 24 horas. O clássico dirigido por Francis Ford Coppola sobrevive ao tempo e traz lições de cinema para quem assiste. Por conta disso, a Pandora Filmes disponibiliza o filme na plataforma digital Belas Artes à La Carte, desde o primeiro dia de julho. E o filme não chega sozinho. Junto ao longa, chegam também ao público de todo o Brasil dois documentários que compõem um pacote disponível, e que também estarão no cardápio para assinantes do Belas Artes à La Carte. Trata-se de " Apocalipse de Um Cineasta" codirigido por Eleonor Coppola, companheira de Francis Ford Coppola e “Dutch Angle: Fotografando Apocalypse Now” de Baris Azaman.

Já é sabido que a obra prima de Coppola, vencedora da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1979, teve sua versão original indicada ao Oscar em oito categorias e levou duas delas: Melhor Fotografia (Vittorio Storaro) e Melhor Som. Ganhou ainda três Globos de Ouro, entre eles o de Melhor Diretor. “Apocalipse Now” foi relançado com diferentes edições, e está de volta neste "Final Cut", que, segundo o diretor, é a melhor versão do filme. Nas três horas de duração desta restauração, estão 49 minutos que foram excluídos da edição original. Ela foi feita pela primeira vez através do negativo original, um trabalho que que deu ao filme uma qualidade de imagem e som muito superior à anterior. O público, enfim, "vai ver, ouvir e sentir o filme como sempre sonhei", teria dito Coppola.

O filme partiu de uma livre adaptação do romance “O Coração das Trevas”, escrito por Joseph Conrad, e as filmagens aconteceram de 20 de março de 1976 até 21 de maio de 1977, nas Filipinas. Planejadas para durar algumas semanas, as filmagens levaram 238 dias, entrando para a história como uma das produções mais tumultuadas de todos os tempos. Na versão apresentada pode-se acompanhar um infarto sofrido pelo ator Martin Sheen, que foi afastado por semanas, e até a passagem do tufão Olga, que destruiu cenários e equipamentos, gerando mais atrasos e despesas. Por estas e outras que a produção, orçada em 13 milhões de dólares, acabou custando mais que o dobro deste valor. Estão ali na tela, ainda, os contratempos, os problemas ao escalar elenco, depois de Steve McQueen e Al Pacino recusarem o convite e Coppola não se convencer de que Harvey Keitel seria o ator ideal para interpretar o capitão Benjamin Willard, papel que acabou ficando com Martin Sheen. Sheen que não aprovou no teste que fez para o personagem Michael Corleone, de “O Poderoso Chefão”, mas que impressionou Coppola. Marlon Brando também deu trabalho, chegando ao set sem ter se preparado, acima do peso e com a cabeça raspada por iniciativa própria. Vale também para lembrar dos inícios de atores como Robert Duvall, Frederic Forrest, Dennis Hopper, Harrison Ford, Scott Glenn e Laurence Fishburne, que, na época, tinha apenas 14 anos e mentiu que tinha 16, para não perder o “trem da história”. Tem ainda a trilha sonora original do filme, composta pelo diretor e seu pai, Carmine Coppola.

Documentários

Já os documentários fazem o cardápio cinematográfico ser ainda melhor. “Apocalipse de Um Cineasta" (1991) é um incrível making of de “Apocalypse Now”, captado por Eleanor Coppola, companheira de Francis Ford Coppola. Com a ajuda dos cineastas Fax Bahr e George Hickenlooper ela transformou as imagens em um documentário interessante, que complementa a delícia de ver o filme, e que depois de um ano de edição, ganhou o Emmy de Melhor Direção e Melhor Edição. E em “Dutch Angle: Fotografando Apocalypse Now” (2019), o espectador encontra um documentário em média-metragem, de 32 minutos, assinado por Baris Azman. A produção conta a história do fotógrafo holandês Chas Gerretsen através de uma entrevista franca e de suas fotografias inéditas do set de “Apocalypse Now”. Depois de se tornar mundialmente famoso por seu trabalho como fotógrafo de guerra, ele foi convidado em 1976 por Francis Ford Coppola para capturar tudo no set do seu então novo filme.


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