Precisamos que as nossas meninas e mulheres sejam respeitadas e protegidas em qualquer lugar, principalmente dentro dos seus lares. Isso é o que norteia o trabalho da Secretaria da Mulher, recém-recriada no Rio Grande do Sul, um compromisso do governo do Estado com a proteção, a autonomia e o respeito às mulheres.
A Secretaria da Mulher tem como premissa a promoção de assistência às mulheres, prevenção à violência de gênero e diálogo com a sociedade civil, visando a transformação cultural. O nosso propósito é atuar de forma transversal, junto às áreas de saúde, educação, trabalho, segurança e assistência social. Vamos ampliar o diálogo com a sociedade para que a educação sobre a violência contra as mulheres chegue a todas as pontas, desde escolas, universidades, federações, associações, prefeituras, instituições religiosas até os presídios. Afinal, a prevenção não se faz sozinha.
Para enfrentarmos a violência de gênero, também será fundamental conversar diretamente com os homens. Só com a participação de toda a sociedade civil e por meio de ações governamentais intersetoriais vamos conseguir lutar contra todas as formas de discriminação e violência.
A Secretaria da Mulher será estruturada em seis eixos: prevenção, proteção, acolhimento, articulação, empreendedorismo e cuidado integral. Uma das prioridades da pasta é a ampliação da rede de acolhimento e proteção, como o Centro Estadual de Referência da Mulher, os abrigos, as Casas da Mulher e as delegacias especializadas. Outra ação importante para a proteção das mulheres será o monitoramento de agressores por meio de tecnologias, como aplicativos, tornozeleiras e GPS.
Além disso, iremos investir em programas de qualificação profissional, empreendedorismo e inclusão econômica para fomentar a autonomia das mulheres vítimas de violência por meio de trabalho, renda e formação. E, ainda, expandir os atendimentos às mulheres e às meninas pelo programa Primeira Infância Melhor (PIM), que acompanha as famílias com gestantes e/ou crianças menores de 6 anos, prioritariamente em situação de vulnerabilidade, é um dos objetivos da gestão.
O nosso projeto será manter campanhas permanentes e ações contínuas para conscientização social e enfrentamento das violências estruturais. Seremos guiados por dados, orientados por evidências, indicadores, metas e com avaliações constantes dos impactos das políticas públicas em execução. Não basta dizer às mulheres que elas podem ser o que quiserem, é necessário garantir meios para que elas possam exercer esse direito. O enfrentamento à violência contra a mulher não é uma pauta exclusiva de um grupo ou de outro. É uma causa de todos nós. Precisamos de todas as pessoas atuando, lado a lado, para a construção de um Rio Grande do Sul mais justo, humano e livre de violência.