Bugio agredido com facão melhora
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Segundo o veterinário Marcelo Cunha, o macaco foi levado para um recinto maior. Para estimular o animal, foram colocados galhos de madeira e balanços no espaço. “Ele não está usando regularmente a mão que levou o golpe para subir em troncos. Transferimos para um local mais amplo para que possa fazer exercícios”, explica o veterinário Marcelo Cunha.
Conforme o veterinário, a equipe do Gramadozoo trabalha para possibilitar a reintrodução do animal na natureza. “Tudo depende da recuperação dele. A função da equipe do zoo é reabilitar o animal. Depois, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) vai definir para onde ele será encaminhado”, explica.
Os veterinários do Gramadozoo suspeitam que as agressões possam ter sido motivadas por pessoas com medo de febre amarela e fazem um alerta: macacos não transmitem a doença. Em 2009, quando foi registrado um surto da doença, diversos macacos foram mortos por agressões humanas. "Não podemos comprovar que as agressões registradas agora tenham sido provocadas por medo da febre amarela. Queremos alertar que o bugio não transmite a doença", frisa o veterinário Renan Stadler, responsável técnico do Gramadozoo.
Segundo Stadler, os bugios acabam mortos pela ideia errônea de que a espécie causa febre amarela. O veterinário explica que o bugio é um sentinela e não o transmissor da doença. “Quem transmite, é o mosquito através da picada. Tem gente que vê um bugio morto e pensa que ele é o transmissor. Na verdade, o bugio é vítima do mosquito e avisa sobre a proliferação do inseto. É necessário combater o mosquito”, explica.
Fotos Halder Ramos/Gramadozoo