Foi fácil aprender porque era muito curioso. Ficava o tempo todo lendo os rótulos dos produtos nas prateleiras do nosso bolicho
Disseram que se atracaram na carpeta no meio da tarde e perto da meia-noite, sob a luz de um candeeiro, o Castelhano começara a trapacear
Ela aparentava não estar escutando, disfarçava e, muitas vezes, eu a flagrava rindo junto com os clientes.
Hoje eu procuro nas palavras que escrevo uma forma de me reaproximar do campo que deixei, das coxilhas verdejantes da antiga Vila Rica
É impressionante que quanto mais o tempo passa, quanto mais longe me encontro daquela querida terra, mais perto dela eu chego
“Não deixem morrer meu rio, me ajudem, por favor, o biguá que mergulhava já morreu, aguapé não dá mais flor...” (Súplica do rio, Paulinho Pires)
Fogo é vida, por isso atrai e entristece. Às vezes penso na eternidade como uma gauchada ao redor de um grande fogo no chão
Eu vim na garupa dos anos, prateado de luas de outono e com sabor de amoras maduras na boca.
Esta literatura é como um clarão de lua entrando pela janela, numa noite de primavera, no interior de um município.
Novo livro comemora os 10 anos do Campereada