Chineses no mercado

Chineses no mercado

Montadoras de grande produção querem repetir no Brasil suas estratégias vencedoras

Renato Rossi

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É invasão silenciosa, mas contundente, dos fabricantes chineses no Brasil. E vêm os caminhões urbanos elétricos, com preço acessível. Há veículos importados que chegam com kits que são finalizados aqui. Por sua vez, as montadoras de grande produção na China querem repetir no Brasil as suas estratégias vencedoras no maior mercado do mundo, o chinês. A Great Wall comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, interior de São Paulo, e troca a elite pela massa: investe 4 bilhões de dólares na produção de mais de 100 mil veículos por ano até 2025.

No mercado brasileiro, a Great Wall tem à frente o competente Anderson Suzuki, que foi executivo da Toyota, como diretor de produtos e estratégia. Na semana que passou a montadora inaugurou em Munique (Alemanha) um centro administrativo para cuidar de todos os negócios da Great Wall na Europa. E uma sede europeia da montadora chinesa surpreende. Já que o mercado europeu por mais de duas décadas impediu a entrada de carros chineses. Que sempre batiam no paredão de concreto dos testes de Impacto do Euro NCAP e ficavam destruídos. A Great Wall também ensinará aos europeus como devem se comportar diante do carro elétrico. A partir de 2022, serão inaugurados os centros de experiência, onde serão abordados todos os aspectos e as aspirações dos consumidores em relação a vivências com os produtos da marca.

Os chineses serão, até 2030, os líderes globais no segmento de veículos elétricos. Se ainda há barreiras na infraestrutura global para a plena aceitação do carro elétrico, os chineses as derrubarão. Afinal, o mundo aceitou sem reclamar, por um século, o carro a petróleo. Quem sabe experimente agora o elétrico.

 


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