Mudança de rumo

Mudança de rumo

Novos tempos se direcionam à proteção ambiental

Renato Rossi

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O primeiro ato do novo governo americano: a volta dos Estados Unidos ao tratado do Clima de Paris, que tem 195 países comprometidos na eliminação gradativa da taxa de carbono. Paris representa o esforço conjunto de governos, organizações não governamentais e da própria consciência humana em direção à salvação do planeta. O governo de Donald Trump saiu do tratado em 2016, e em seguida revogou toda a legislação de proteção ambiental vigente à época nos EUA, que era coercitiva: redução das emissões para carros da ordem de 3,5% no período de 2017 a 2021. De 5% ao ano, de 2022 a 2025. Com Trump, a redução era estipulada de 1,5% ao ano, de 2017 a 2026. 

Em reuniões com os principais executivos das grandes marcas automotivas, o então presidente definiu que os enormes SUVs, como o imponente Cadillac Escalade, seriam o símbolo máximo de status na era Trump. Ou como a picape preferida, a F-150 Raptor, com motor V6 e V8 que iniciam nos 450 HP. 

Acabou. Os novos tempos serão duros para marcas que não intuíram que a “America First” ou “America acima de tudo” acabaria. Joe Biden salientou que utilitários e picapes podem permanecer na oferta, mas em versões elétricas.

A Ford se apressou e lança no primeiro semestre de 2022 a Raptor elétrica. Os três grandes mercados se eletrificam rapidamente: Europa, China e Estados Unidos. E Biden começa ainda neste ano a formação de uma rede de mais de 500 mil pontos de recarga para veículos elétricos. Vai investir 2 trilhões de dólares na pesquisa e desenvolvimento de combustíveis alternativos e no estímulo a montadoras para que desenvolvam uma geração de carros elétricos.

 


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