O domínio do SUV

O domínio do SUV

Lançamentos de utilitários ganham destaque no mercado brasileiro

Renato Rossi

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E 2021 é o ano do SUV, com lançamentos de novo modelos de preço elevado, o que define a mudança no perfil de consumo: a classe média perdeu o poder aquisitivo e foi para o carro usado. Ou compra os “apertadinhos” Kwid e Mobi. Aqueles que não permitem que a família toda viaje para a Serra ou o Litoral. 

Agora, é o consumidor “Planeta AA” que se permite pagar mais de R$ 220 mil pela versão mais sofisticada do Compass. Mas a Jeep não excluiu completamente a classe média, já que a versão de entrada Sport, com tração 4x2, custa R$ 139 mil. A dolarização da economia serve ao saco de soja, mas não ao cidadão que é vítima de um dólar sempre em alta. E a indústria automotiva instalada no Brasil é atrelada aos movimentos do dólar, onde os custos de produção com frequentes elevações são repassados ao consumidor. 

A chegada do SUV de porte médio híbrido Corolla Cross, dotado de dois motores elétricos e um motor a combustão, ampliou a competitividade do mercado voltado cada vez mais ao utilitário. A Ford, que prossegue como importadora, tem o Territory chinês e o Bronco, de origem norte-americana. O Bronco, que foi lançado nos Estados Unidos em 1966, sempre foi o veículo forte, “especialista” em off-road. O Bronco é a esperança de bons negócios da marca no Brasil. Estima-se que o modelo custe no país em torno de R$ 250 mil. Visto ao vivo, é mais sutil no design e tem semelhança com um Land Rover. Isto não surpreende, afinal a Land Rover foi por muitos anos de propriedade da Ford. O Bronco pode ter como público alvo o ruralista, já que a picape Ranger é de grande vendagem. Ainda no primeiro semestre, chega o Taos, da Volkswagen, para se posicionar entre o Tiguan e o T-Cross.

 


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