O mito é agora elétrico

O mito é agora elétrico

Caminhonete da Ford mais vendida nos EUA muda matriz energética

Renato Rossi

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A apresentação da versão elétrica da mítica picape F-150, a líder mundial em vendas, aconteceu na terça-feira em Detroit, nos Estados Unidos. A eletrificação da F-150, que vende, em média, 1 milhão de unidades por ano, significa que a Ford cedeu ao novo cenário que renega o petróleo, substituído pelo popular “volt” que sempre iluminou as nossas vidas. 

A indústria automotiva eletrifica sua produção devido a uma série de fatores. Que vão do aquecimento global às leis ambientais cada vez mais rígidas. A Toyota segue por esse caminho. Tem 55 modelos híbridos e elétricos no mundo e prepara o lançamento de 15 carros puramente elétricos até 2025. A montadora é proativa em relação à preservação ambiental e apoia iniciativas ecológicas no mundo. A Toyota já produz híbridos, elétricos e o Mirai, a hidrogênio. Mas a marca deseja que esta neutralização do carbono não se concentre somente no produto final. O ciclo de produção do elétrico tem que ser de “carbono zero”, segundo a fabricante. 

Mas, a F-150, sem dúvida, é o maior símbolo da mudança irreversível na matriz energética. Nesta semana, ao lado da F-150 Lightning elétrica, o presidente americano, Joe Biden, foi contundente. “O futuro da indústria automotiva é elétrico. Não há caminho de volta. A questão, agora, é saber que marcas estarão à frente e quais ficarão para trás nesta corrida para o futuro”, enfatizou o líder democrata. Porém, os republicanos querem barrar a estratégia elétrica de Biden, com veto no Congresso, ao investimento de 174 bilhões de dólares direcionado à formação de uma infraestrutura para o carro elétrico. Para um presidente bem intencionado, tempos duros à frente.


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