Um frágil equilíbrio na segunda onda

Um frágil equilíbrio na segunda onda

Em tempos de pandemia, a linha é tênue entre viver a vida e se defender do vírus.

Renato Rossi

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No verão europeu, milhões de turistas seguiram os mesmos caminhos que levam aos lugares mais “quentes” da Europa de 2020. Que são praticamente os mesmos locais em décadas passadas. Estavam lotadas as discotecas da bela Marbella, na Costa del Sol, no Sul da Espanha. E milhares de humanos amaram. Se abraçaram e beberam juntos nas pistas de dança da La Clave, Splash ou Funky Buddha Marbella. 

Enquanto isto milhares de jovens italianos, sempre os que se acham mais sedutores no verão europeu, marcavam encontros com as belas croatas nas praias paradisíacas da costa da Croácia como Dubrovnik Beach, que margeia a belíssima cidade murada e histórica de Dubrovnik. E que, após meses de desocupação e prejuízo bilionário, recebia milhares de turistas. E Lamborghinis e Porsches de novo desfilavam pela costa croata. 

Mas países que tiveram sucesso no controle da pandemia, através dos terríveis fechamentos, que geraram problemas psicológicos na população, sucumbiram às pressões econômicas. Então, abriram suas economias no verão 2020. Isto possibilitou a volta dos empregos e a entrada renovada de euros e dólares no verão “aberto”. 

No segmento automotivo, as montadoras prosseguiram com os rígidos controles de saúde de seus funcionários. Mas milhares de empregados viajaram no verão. Apesar das recomendações sobre a distância segura e o uso de máscara, foi inviável manter quem trabalha nas linhas de montagem da Volkswagen ou Porsche, jovens na maioria, longe das pistas de dança. Uma grande parte destes “excursionistas da Covid” voltou contaminada. Agora o preço a pagar é elevado, e a segunda onda pode paralisar de novo a economia europeia.

 


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