Com forte início

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"Venom" (Venom), direção de Ruben Fleischer, é o filme de um dos inimigos do Homem-Aranha, o alienígena Venom. A trama pode ser dividida em duas partes, e confesso, não leio revistas em quadrinhos há muitos anos, parei antes de este personagem aparecer jo universo do escalador de paredes. Mas sempre escutei que ele era um vilão, mas aqui o ser de outro planeta tem um viés mais bonzinho, apesar de adorar devorar seres humanos, principalmente os maus elementos... Na história, investigativo Eddie Brock (Tom Hardy), famoso por um programa televisivo em São Francisco, onde desnuda os poderosos. Até que se depara com o empresário Carlton Drake (Riz Ahmed), criador da Fundação Vida, que investe em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade. Ao encontrar um documento enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos. Assim, resolve entrevistar o empresário e faz uma pergunta sobre os experimentos.

A partir daí, sua vida começa a ruir. Perde o emprego, a namorada. A trama dá um salto de seis meses, e Brock é procurado pela dra. Dora Skirth (Jenny Slate), que trabalha na Fundação Vida, mas apavorada com a situação, pede a ajuda do repórter. Afinal, Drake estaria usando simbiontes alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias. Ao investigar a informação, o repórter acaba sendo infectado por um alienígena, que se insere em seu corpo, o Venom. Até aí o filme apresenta um clima de suspense, soturno, quase apavorante. E é incrível o modo com que criatura e hospedeiro convivem - Brock escuta uma voz, passa a ter superforça, mas uma fome incessante. Mas depois disso, perde muita força, virando um filme de ação comum, com tiroteios, perseguições de carro e lutas. E não se vê sangue em cena - até mesmo quando Venom devora um humano, vemos sua boca abrindo e a tela escura. Tudo clean. Enfim, uma segunda parte comum, que estraga o todo.

 

 

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