Egito que cansa
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Meu deus, como filmam algo assim? Para começar, os principais personagens egípcios são vividos por atores brancos, mais europeus impossíveis, como Gerard Butler, Brenton Thwaites e Nikolaj Coster-Waldau. Depois, parece que um fã de videogame é que dirigiu as cenas de ação.
E vira um desastre "Deuses do Egito" (Gods Of Egypt), dirigido por Alex Proyas. A história é baseada em lenda egípcia, um povo que tem milhares de anos. O poderoso deus Horus (Nikolaj Coster-Waldau), no dia de sua posse como rei do Egito, é cegado e exilado por seu tio, o impiedoso deus Set (Gerard Butler, mais careteiro, impossível). Logo o reino se torna o inferno na terra, com o povo sendo escravizado e os inimigos de Set mortos. Os deuses, todos têm cerca de três metros de altura.
O jovem ladrão Bek (Brenton Thwaites), descontente com a situação e afastado da namorada Zaya (Courtney Eaton), escravizada por um aliado de Set, decide ajudar Horus, apesar de sua mortalidade. E da antipatia de Horus, que afinal é um deus, mesmo cego. Duas horas depois, o público já está cansado de pancadaria, cenas que remetem a video-games e caretas. Sem contar atores brancos vivendo personagens egípcios, morenos desde sempre.