Início Promissor. E só

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545935Vin Diesel é até carismático, só que é um péssimo ator. Seu estilo durão e tosco até funciona em “Velozes e Furiosos”, mas qualquer outra tentativa é frustrante. Ele passa a impressão de decorar e depois declamar seus textos, nunca mudando as feições do rosto. Então viver um personagem de mais de 800 anos torna-se um tormento para ele, numa história que pretende-se um pouco mais elaborada. É o que acontece em “O Último Caçador de Bruxas” ("The Last Witch Hunter"), direção de Breck Eisner.



A trama até começa promissora, no século XII, quando um grupo de caçadores invade o território da Bruxa Rainha, a fim de exterminá-la, pois ela é a causadora da praga que exterminou boa parte da população – esqueça a ciência neste caso, já que sabemos que a Peste Negra tinha outra causa e nada de sobrenatural. Um deles, Kaulder (Vin Diesel) consegue matar a vilã, não sem antes ser amaldiçoado com a imortalidade?! Cá pra nós, quem de nós não gostaria de viver para sempre? Bem que no caso do mocinho, ele teria de vagar pela eternidade longe de seus entes queridos.


 Então o filme dá um salto no tempo e vai parar nos anos 2000, onde Kaulder vive em Nova Iorque, onde continua sua missão de matar as bruxas, ajudado por uma ordem de padres. Um deles, vivido por Michael Kane, que devia estar precisando de grana para pagar o aluguel, é morto, e Kaulder e outro padre, o novato Dolan (Elijah Wood), descobrem que a morte não foi natural e sim assassinato.  Até que investigando, acabam sabendo que um bruxo pretende trazer a Bruxa Rainha de volta a vida. O jeito é aceitar a ajuda de uma bruxinha do bem, Chloe (Rose Leslie) para tentar evitar a volta do mal à terra.


 As cenas de ação até são bem construídas, mas a trama se mostra um pouco sem pé nem cabeça, com reviravoltas sem sentido. E sem contar os furos de roteiro, que transformam “O Último Caçador de Bruxas” em péssima diversão.


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