Kong no Vietnã

Na Ilha da Caveira, King Kong será o menor dos problemas dos exploradores que chegam ao local. Com direção de Jordan Vogt-Roberts (EUA), "Kong: A Ilha da Caveira" é uma aventura que acompanha um grupo que pretende fazer um mapeamento de uma ilha no oceano Pacífico e se depara não apenas com o macaco gigante, mas com outros animais de tamanho fora do comum e até mais aterradores.

A história foi ambientada no final de guerra do Vietnã, nos anos 70. Vale ressaltar que locações foram realizadas nesse país asiático, com paisagens belíssimas. Um explorador  (John Goodman) obcecado com "monstros" reais consegue apoio de um senador para fazer uma expedição na misteriosa ilha e aproveita que o exército norte-americano está saindo do Vietnã para pedir um esquadrão de escolta. Ele consegue a aprovação do militar Preston Packard (Samuel L. Jackson), que, ao fim da guerra, se sente um tanto perdido e sem um lar para voltar.

Além dos militares e pesquisadores, o grupo conta ainda com um rastreador (Tom Hiddleston) e uma fotógrafa (Brie Larson). O pôr-do-sol "alarajando", os helicópteros voando rumo ao horizonte e até o uso de napalm nos fazem lembrar de filmes que abordaram a Guerra do Vietnã, como o clássico "Apocalipse Now", sem, é claro, chegar perto da envergadura cinematográfica do mesmo. A trilha sonora também resgata canções do período, entre elas, por exemplo, composições de David Bowie e Black Sabbath.

Mas faltou uma certa mítica à figura de Kong, que, aparece logo que a equipe vai se aproximando da ilha, em contraste, por exemplo, ao mistério que se cria em torno do animal nos filmes anteriores, em especial o de 1976. Apesar do roteiro cumprir o que se espera de um filme de aventura, a história é um tanto previsível, com alguns diálogos sofríveis. A narrativa investe nos efeitos especiais e faz uso de uma filosofia rasa para o conflito entre homem x natureza. Um filme para se assistir sem maiores pretensões. Um alerta: espere até o final dos créditos, pois tem uma cena que sugere uma continuação.