Memória Afetiva
“Turma da Mônica – Laços” transporta toda a ambientação das histórias em quadrinhos para as telas
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Uma das primeiras revistas em quadrinhos com que tive contato foi “Mônica”, lá por volta de 1971, 1972, junto com as revistinhas da Disney. E durante décadas li as revistinhas. Então qual foi a surpresa agradável ao ver o filme em live action dos personagens criados por Mauricio de Sousa? A memória afetiva bateu forte, em “Turma da Mônica – Laços”, direção de Daniel Rezende.
Depois de vários filmes lançados nas telas através de animações, foi a vez de os personagens ganharem caracterizações com atores de carne e osso. E a experiência é realmente impressionante e empolgante.
A trama é adaptada de uma HQ lançada em 2013 por Vitor e Lu Cafaggi através da editora Panini. Na história, o cachorro do Cebolinha (Kevin Vechiatto) desaparece, assim como vários outros cachorros do bairro do Limoeiro. Então o garoto que não consegue falar a letra “r” sai em uma aventura para tentar encontrar o seu pet, ao lado de Mônica (Giulia Benite), Magali (Laura Raseo) e Cascão (Gabriel Moreira).
Ah, não esqueceram. O filme começa com Cebolinha e Cascão tentando mais um plano infalível para tentar roubar o coelhinho de estimação da Mônica, o Sansão. Que claro, dá errado...
O filme consegue transportar toda a ambientação das histórias em quadrinhos para as telas. Todo o visual remete diretamente aos quadrinhos. Além do que toda a turma se parece muito com os personagens, principalmente a Mônica. Cascão e Cebolinha até possuem mais cabelos que nas HQs, mas a caracterização, no caso, não é atrapalhada. E outra grande sacada é a aparição do Louco, interpretado por Rodrigo Santoro. Dizem que o personagem é uma visão que apenas o Cebolinha vê – e o filme captura muito bem esta sensação.
Enfim, “Turma da Mônica – Laços” carrega um supermercado de memórias afetivas para pessoas de qualquer idade. E nestes tempos de coronavírus, é uma ótima pedida para se ver com a família juntinha.