Puro desperdício

Puro desperdício

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Sempre fui fã de revistinhas em quadrinhos (por favor, não usem perto de mim o termo gibi!!!), mas há muito tempo, não sei se é a idade, a maioria dos filmes de super-heróis não conseguem me agradar - e aí incluo "Vingadores", "X-Men", "Pantera Negra", etc - talvez se salve algum "Batman" e "Deadpool", e séries como "Demolidor" e "Justiceiro". E aí chega "Aquaman", direção de James Wan, e que eu considero mais uma tremenda bobagem. A história gira em torno de Arthur Curry (Jason Momoa), filho de um humano com uma Atlântis, e que já adulto, tem a missão de tentar impedir seu meio-irmão, o Príncipe Orm (Patrick Wilson), declare uma guerra contra “o povo da superfície”, ou seja, aquelas pessoas que vivem na terra e não nos mares.

No meio disso tudo, tem ainda vilão Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II), que faz da vida uma jornada de vingança pessoal, jurando morte ao Aquaman. O herói não impediu que o pai do vilão, um pirata, morresse afogado dentro de um submarino, depois de uma tentativa fracassada de assalto em alto-mar. Tudo é equivocado neste filme, desde os toscos efeitos especiais - o rejuvenescimento da rainha Atlanta e mãe de Aquaman  (Nicole Kidman, “O Estranho que Nós Amamos”) ficou muito estranho. Artificial ao extremo. E o que falar de cachoeiras no fundo do mar? Ou então alguns personagens sub-aquáticos respirarem normalmente na superfície e outros, que pela lógica, serem da mesma espécie, terem de usar capacetes para respirar? E por aí vai - o Aquaman nada com calça jeans e botas!!! O vilão Arraia Negra, então, não tem qualquer serventia para a trama. Já a relação entre Arthur e a princesa Mera (Amber Heard, ex-sra. Johnny Depp) não possui qualquer química. Jason Momoa, então, como intérprete, é um zero à esquerda. Enfim, são duas horas e meia de puro desperdício.

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