Química em atuação

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Minha Obra-Prima" (Mi Obra-Maestra) tem direção de Gastón Duprat (“O Cidadão Ilustre”)

Chico Izidro

Arturo (Guillermo Francella) mantém uma galeria de arte em Buenos Aires, mas age mais como uma babá do artista Renzo (Luis Brandoni).

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Um divertido filme argentino, "Minha Obra-Prima" (Mi Obra-Maestra), tem direção de Gastón Duprat (“O Cidadão Ilustre”) e conta a história de um galerista de arte e um artista que há décadas vive do passado.

Arturo (Guillermo Francella) mantém uma galeria dee arte em Buenos Aires, mas age mais como uma babá do artista Renzo (Luis Brandoni). Este, depois de um início de carreira fulgurante, nos anos 1980, onde ganhou muito dinheiro e fama, parou no tempo, e não faz nada de criativo há décadas. Além disso, é uma pessoa irascível e impaciente, afugentando todos ao seu redor.

A primeira parte do filme mostra esta relação nenhum pouco sadia entre os dois. Mas a trama ganha impulso é em sua segunda parte, quando Renzo sofre um atropelamento e entre outras sequelas, perde a memória. É então que a dupla bola um plano mirabolante, que não vou contar aqui para não dar spoiler, para voltar aos holofotes.

De sobra, "Minha Obra-Prima" mostra, de forma divertida, como funciona o mundo das artes e suas negociações, e também os críticos, amados e odiados na mesma proporção, por sua força em poder destruir ou alavancar uma carreira. E a química de Francella e Brandoni funciona extraordinariamente.
 


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