Realismo sem drama

Realismo sem drama

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asullyO octogenário Clint Eastwood segue ativo e biografando grandes figuras da humanidade - ele já passou por Nelson Mandela, o general japonês Kuribayashi, J. Edgar Hoover, o soldado norte-americano Chris Kyle, entre outros. Agora é a vez do piloto Chesley Sullenberger em "Sully" (Sully - O Herói do Rio Hudson). Temos aqui a história real do voo US Airways 1549, pilotado por Chesley Sullenberger, ou Sully que, em 15 de janeiro de 2009, saiu de Nova Iorque com destino a Charlotte, na Carolina do Norte. Mas instantes após a decolagem, o avião se chocou com pássaros, perdendo as duas turbinas.


Sully avisou a torre de controle, que o orientou a voltar ao aeroporto, mas ele constatou não ter autonomia suficiente para fazer isso. A solução encontrada foi fazer um pouso forçado no rio Hudson - o avião corria o risco de se chocar em algum prédio, o que seria terrível, ainda mais para uma cidade que ainda vive assombrada pelo pavor do 11 de setembro de 2001. Com a manobra, Sully conseguiu salvar a vida de todos os 15 passageiros a bordo. Cena muito bem recriada por Clint Eastwood.


O piloto passa a ser visto como herói, com o filme mostrando as conseqüências do acidente. As pessoas param Sully nas ruas, nos bares, nos corredores de hotéis, para elogiá-lo. Mas o que temos aqui é o julgamento a que ele foi submetido pelo órgão regulador da aviação norte-americana, que questiona se a decisão tomada foi realmente a melhor em termos de segurança dos passageiros.


Tom Hanks faz mais uma vez um trabalho excepcional como o personagem principal. Ele transmite serenidade, calma, mas ao mesmo tempo certo desespero, pois após mais de 40 anos servindo como piloto, pode perder tudo se considerado inconsequente. Clint Eastwood, por sua vez, reconstitui de maneira completamente realista a quase tragédia, sem ser melodramático. O filme é encerrado com imagens reais de Sully e os passageiros.




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