Registro dramático
“Vermelho Sol” (“Rojo”), é o novo filme de Benjamín Naishtat, diretor de “A História do Medo” (Berlinale, 2014) e “O Movimento” (Festival de Locarno, 2015).
publicidade
Uma nova produção argentina que vem para envolver o espectador. Trata-se de “Vermelho Sol” (“Rojo”), o novo filme de Benjamín Naishtat, o mesmo diretor argentino de filmes como “A História do Medo” (Berlinale, 2014) e “O Movimento” (Festival de Locarno, 2015). Um dos destaques é a atuação do argentino Darío Grandinetti, mostrando exuberância em um papel marcante para sua carreira. Ele já é conhecido dos brasileiros por outras atuações, como no filme “Relatos Selvagens”. Em "Vermelho Sol" atuam também Andrea Frigerio (visto em “O Cidadão Ilustre”) e ator chileno Alfredo Castro (“De Longe te Observo”).
A ambientação histórica é também uma das pérolas desta produção, feita com rigor e cuidado para mostrar momento que fica na memória de que os viveu. O contexo é a Argentina dos anos 1970, período em que a ditadura militar começa a despontar e uma forte onda de violência política cresce no país. Aplaudio no Festival Internacional de Cinema de Toronto 2018 (TIFF), foi um dos mais premiados no Festival de San Sebastián, na Espanha, vencendo as categorias de Melhor Diretor (Benjamín Naishtat), Melhor Ator (Darío Grandinetti) e Melhor Fotografia (Pedro Sotero).
Na tela, em meio a uma onda de violência política sem precedentes, o paradoxo de uma pequena cidade rural onde Claudio, um advogado bem conhecido, leva uma vida tranquila com sua família. Bem ao estilo interiorano daquele país. Mas a curva dramática se impõe quando Dario entra em uma discussão acalorada que fica fora de controle e coloca os personagens em um outro patamar de tensão e de descobertas.
Sem ser panfletário, o filme evoca sentimentos e vivências que valem ser percebidos nas grandes atuações apresentadas. Para um público interessado em vivenciar realidades paralelas e marcantes.
