Robin inverossímel

Robin inverossímel

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Por que alguns diretores tem a triste ideia de modernizar histórias clássicas? Para atender o público atual, menos exigente e pensante, só pode ser isso. Assim, Otto Bathurst dirige "Robin Hood - A Origem" (Robin Hood), versão remodelada da história do homem que roubava dos ricos para doar aos pobres, é completamente equivocada. Usa uma linguagem de vídeo game, com cenas de ação exageradas e aquelas câmeras que parecem estar no meio de uma tempestade.

E tudo soa completamente inverossímil na história, que se passa no período das Cruzadas, onde Robin Hood (Taron Egerton, de "Kingsmans: Serviço Secreto") é o nobre convocado para ir ao Oriente lutar pelos cristãos contra os muçulmanos. Lá vira um pária ao salvar o mouro Little John (Jamie Foxx), e volta para Nottingham, onde descobre ter perdido tudo, até a mulher amada, Marian (Eve Hewson), que acredita que ele tenha morrido. Então Robin começa a praticar crimes para tentar desmascarar o Xerife de Nottingham (Ben Mendelsohn), completamente caricato.

Mas podem esquecer toda a história que vocês conheceram sobre o herói e sua trupe. Em tempos politicamente corretos, o gigante Little John virou um negro, que anda pelas ruas de Nottingham sem ser notado pelos britânicos!!! E o que dizer das armas usadas pelos mocinhos - arco e flecha, mas utilizadas como se fossem metralhadoras. E o que dizer dos coquetéis molotov lançados por protestantes fantasiados de black blocks...é muito exagero, e ainda por cima em um evento que se passa no Século XIII.

Quer agradar a um público jovem, tudo bem, mas pelo menos que o faça pensar, e não apresentando soluções fáceis e modernosas.

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