Tão raso

Tão raso

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"Conan, O Bárbaro", de Marcus Nispel, foi lançado com mais de 300 cópias no Brasil, tanto em 2D como em 3D, o que é lançamento significativo. Não se trata de uma refilmagem do título estrelado por Arnold Schwarzenegger nos anos 80, mas uma adaptação dos quadrinhos do norte-americano Robert E. Howard, que lançou o personagem desde os anos 30. O filme mostra a biografia de Conan, desde o seu nascimento, durante uma guerra, até a idade adulta. Desde menino, o guerreiro já mostrava pendor especial para a luta. Após ver seu pai (Ron Perlman) ser morto e sua aldeia destruída, na fictícia terra dos bárbaros, a Ciméria, Conan tem um único objetivo: destruir o homem que aniquilou seu lar, Khalar Zym (Stephen Lang). Ele só não imaginaria que seu inimigo usa magia negra como aliada, já que sua filha é feiticeira.

Quem interpreta o guerreiro é Jason Momoa (filho de um havaiano e uma mulher de ascendência alemã e irlandesa), praticamente novato no cinema, tendo feito anteriormente trabalhos para a TV. Encarando de baixo para cima seus oponentes com um olhar assassino, Conan faz rolar muitas cabeças e membros pelo chão. É um homem em seu estado bruto, nada afeito a negociações.

O sangue que jorra no filme não é pouco e, provavelmente por essa violência explicita, o título recebeu a classificação para maiores de 16 anos. É um filme de ação com muitas lutas, tantas que se torna cansativo. Quem deseja assitir a uma filme de ação não quer filosofia. Mas "Conan" também não precisava ser tão raso.

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