Um pouco de vários

Um pouco de vários

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O mundo do boxe sempre propicia bons filmes. O maior deles talvez seja "Touro Indomável", clássico dirigido por Martin Scorsese em 1980, mas também tem o melodramático "O Campeão" e claro, a franquia "Rocky", do astro Sylvester Stallone. Em "Nocaute" ("Southpaw"), direção de Antoine Fuqua, há um pouco de cada um deles na ascensão e queda de um grande boxeador, Billy Hope, interpretado por Jake Gyllenhaal.

O lutador vive o auge, com 43 lutas e o mesmo número de vitórias. Rico, esbanja dinheiro ao lado da esposa, Maureen (Rachel McAdams), o verdadeiro motor por trás de seu sucesso. Mas após um incidente ocorrido com ela, e me negarei a dar spoiler aqui, a vida de Billy entra em parafuso. O boxeador perde tudo, inclusive a guarda da filha pequena. O jeito é recomeçar de novo, por baixo, trabalhando como faxineiro numa academia de boxe para pagar o aluguel e os treinamentos ministrados por Titus Willis (Forest Whitaker).

As atuações de Forest Whitaker e  Jake Gyllenhaal são primorosas, mas Miguel Gomez II (do seriado "The Strain") como Miguel Escobar é o máximo do estereótipo daquele lutador valentão e provocador. Não precisava. A trama também é cheia de furos e incoerências. Afinal, Billy vence 43 lutas seguidas e de repente, por causa de uma só derrota, tem o final da carreira decretada? E se vê sem um tostão da noite para o dia? Além do que aqui e ali ecoam pedaços de outros filmes famosos sobre o esporte, apelando ainda para um final de redenção entre pai e filha, buscando capturar lágrimas dos espectadores.

 

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