Vencer medos

Vencer medos

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Se engana quem pensa que o super herói de "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge" é indestrutível e que vive em sombras nefastas. O filme que, dizem, encerra a trilogia dirigida por Christopher Nolan, apresenta o órfão abandonado que vira justiceiro mascarado, numa trama repleta de profundidade e que precisa mesmo de quase 2 horas e 45 minutos pra se desenvolver, sem cansar, pesar ou incomodar. Quando você vê, o filme acabou... o roteiro envolve e revela que "as trevas" do título são os medos interiores do personagem Bruce Wayne, aquele bilionário vivido na trilogia de Nolan pelo ator Cristhian Bale. E o filme surge na tela com seus momentos de ação, de lutas e de várias surpresas, como convém às produções do gênero. Mas nãos e esgota nisso. Com uma estética que beira à perfeição de acompanhar a trama, o que se revela também é uma bela composição de sons e imagens, elementos usados com maestria para guiar o espectador nas revelações do filme. O mergulho no universo interior de um personagem que precisa vencer seus medos, defender o que acredita, reencontrar a confiança e defender uma cidade são ingredientes fortes na narrativa da obra. Mais do que a invencibilidade e a força física, o que se ressalta é a fortaleza interior, a crença e a superação do próprio indivíduo. O resto é consequencia. Tem gente que pode não gostar. Tem gente que pode até nem perceber a intensidade disso. Mas o que não dá é pra negar que estas trevas interiores é que oprimem e paralisam o Batman de Nolan.

Com atuações coadjuvantes de luxo de Anne Hathaway, Marion Cotillard, Joseph Gordon-Levitt, Gary Oldman, Morgan Freeman e Michael Caine, "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge" tem os ingredientes certos para se tornar novo campeão de bilheteria. Sem culpa. Com a magia da indústria criativa cinematográfica. Boa diversão.

Por Marcos Santuario

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