Marcas de Porto Alegre apostam em movimentos conscientes para a moda no futuro

Marcas de Porto Alegre apostam em movimentos conscientes para a moda no futuro

Slow Fashion e não uso de qualquer aditivo animal são algumas das tendências

Lou Cardoso

Divina Comadre quer que cada vez mais pessoas tenham acesso a roupas produzidas com tecidos finos

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A moda tem voltado a sua atenção para dois movimentos importantes para o meio ambiente: o slow fashion e o não uso de qualquer aditivo animal em suas roupas. Em Porto Alegre, duas marcas tem se proposto a seguir estas linhas. A ideia da marca Divina Comadre é fazer com que cada vez mais pessoas tenham acesso a roupas produzidas com tecidos finos e duradouros, pagando um preço justo por peças versáteis e atemporais. Esse é o propósito da estilista, e criadora da marca, Mariama Schneider, 35 anos, que mostra através do seu trabalho como é possível fazer escolhas assertivas para as compras valerem a pena.

A estilista ressalta que o propósito da marca não é só vender roupas elegantes, é ajudar mulheres a comprar melhor. “Por aqui mostramos como é possível comprar com consciência, investindo seu dinheiro em roupas que vão durar um bom tempo no armário. Até porque moda também é um momento de autocuidado. É poder se enxergar, se experimentar, se permitir, se gostar e se presentear”, assegurou a especialista. A empreendedora também destaca que os tecidos são escolhidos com muito cuidado e atenção: linho, viscose, seda e outros materiais finos produzem peças que deslizam de uma forma elegante e confortável no corpo.

Mari conta que os bastidores de uma produção slow fashion – desde a criação, passando pela análise dos tecidos, as inúmeras horas de sessão de provas para a aprovação da modelagem, o cuidado com a retidão do corte até se dar início À etapa de produção das peças para as consumidoras finais - é mais complexo, demorado e até intenso do que muitas pessoas podem imaginar. “Tudo isso vale a pena para se chegar a um produto final que acreditamos estar adequado para as nossas ‘comadres’”, garantiu a estilista.

Constantemente novas coleções autorais vão sendo lançadas a cada temporada. E como são desenvolvidas dentro do ateliê, qualquer ajuste necessário pode ser feito no local. “Cada vestido, blusa, saia e macacão é feito para durar e não se perder entre as idas e vindas da moda. As roupas são tão versáteis que é possível encaixá-las tanto no dia a dia como em ocasiões especiais, bastando usar a criatividade na hora de combinar acessórios, sapatos e outras peças para criar o look certo para cada ocasião”, contou.

Courino da Deara Brand é feito de couro sintético com tecido de fundo de sarja e material sintético poliuterano. Foto: Amanda Mainieri / AM Comunicação / CP

A Closet 7, loja multimarcas localizada em Porto Alegre, possui muitas peças em courino vegano nas suas coleções. A composição do material utilizado na confecção das peças não possui nenhum tipo de aditivo animal, diferente do couro ecológico, por exemplo. O courino da Deara Brand, marca parceira da Closet 7, é feito de couro sintético (PU) com tecido de fundo de sarja e material sintético poliuretano, sem o uso de nenhum couro animal nem corante. 

A Deara Brand também pratica o Recycling, onde o resto do material é reutilizado na própria confecção, através de ONG’s de Venâncio Aires, para onde o material é doado. É um processo consciente de cuidado com o meio ambiente.

Andreia Policarpo, proprietária da loja, criou alguns modelos de macacões, blusas, saias e também vestidos que foram produzidos com o courino vegano da Deara Brand. "Quando resolvi desenhar alguns modelos de roupas, logo pensei na parceria com a Deara muito pela questão do courino vegano. É um ponto que tem muita importância nos dias de hoje, pequenos gestos que mudamos no nosso dia a dia e que vão impactar no nosso futuro", ressaltou Andreia.


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