Mitch Winehouse: "Amy realmente amava o Brasil e a música brasileira"

Mitch Winehouse: "Amy realmente amava o Brasil e a música brasileira"

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Mitch Winehouse se apresenta neste domingo na Capital. Foto: Harry Pseftoudis Mitch Winehouse se apresenta neste domingo na Capital. Foto: Harry Pseftoudis







O cantor britânico de jazz Mitch Winehouse, pai de Amy Winehouse, abre a série de quatro shows no Brasil neste domingo, às 20h, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. Será o primeiro de uma turnê que terá agenda em São Paulo, na segunda; Rio de Janeiro, na quarta e Natal, na sexta, dia 20. Para este espetáculo do disco "Bela Brasil", Mitch será acompanhado pela cantora brasileira Elza Soares e pelo percussionista Anselmo Netto. A renda das apresentações será revertida para Amy Winehouse Foundation, entidade que auxilia crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Em entrevista ao Diálogos, Mitch fala do show, do Brasil, de Elza Soares e, é claro, da falta que faz à música e à família, Amy Winehouse, morta em 2011.

Correio do Povo: Como será a experiência de cantar no país que Amy disse gostar tanto e que acolheu tão bem na última turnê dela, em 2011?

Mitch Winehouse: Logo depois que ela voltou do Brasil, ela me disse maravilhas daí, do entendimento de musicalidade que vocês têm. Ela realmente amava o Brasil e a música brasileira. Aquela turnê fez um bem para ela. Voltou com uma energia renovada. Esperamos poder devolver esse carinho com esta turnê e também ajudar entidades do país com a fundação.

CP: Conte-nos um pouco sobre o trabalho da Fundação:

Mitch Winehouse: Nós trabalhamos muito para ajudar jovens em situação de vulnerabilidade social em todo o mundo. Os nossos projetos atingem escolas, ONGs, entidades que trabalham com esses jovens. No Brasil, já temos uma doação na semana que vem para a entidade Afro-Reggae, que faz um trabalho bem interessante de recuperação de jovens pela música e percussão. Queremos trabalhar junto com o grupo daqui por diante, apreciar projetos futuros, etc.

CP: E o repertório do show? Queremos saber quais canções e em quais teremos a voz inconfundível de Elza Soares.

Mitch Winehouse: Serão muitas canções, muitas com o jeito brasileiro. Elza é uma cantora muito boa, com um timbre realmente único. Posso dizer que pelo menos duas canções são certas que Elza vai cantar, que Amy gravou: "Back to Black" e "Body and Soul". Mas teremos outras. Vamos cantar músicas dos meus discos "Rush of Love" e "But Beatiful", além das músicas de "Bela Brasil"

CP: Passados quatro anos da morte de Amy, o senhor pode nos dizer que falta ela está fazendo neste mundo atual?

Mitch Winehouse: O que as pessoas muitas vezes não percebiam quando a Amy estava por aqui e isto ficou claro no documentário "Amy", é que a despeito de algum sensacionalismo a Amy era uma pessoa realmente positiva, cuja alegria contagiava a todos. Acho que o mundo precisava e precisaria muito de Amy. Milhões de pessoas sabem disso. Tanto que ninguém a esquece. Nós ainda estamos devastados com esta perda. A vida segue, mas somos família. Nunca vamos nos acostumar. O que podemos fazer? Temos que ser positivos, fazer shows para lembrá-la, seguir com este trabalho da fundação e poder ajudar o mundo como ela ajudou com a sua música e o seu espírito positivo.

CP: E o que o senhor tem a dizer para o público que vai ao show de estreia da turnê brasileira em Porto Alegre?

Mitch Winehouse: Nós estamos muito empolgados com esta turnê brasileira. A Amy adoraria muito tudo isto, pois sabemos que o show é muito bom, bem pensado e mais importante é que este dinheiro pago pelo público vai ajudar a pessoas que não tem quem faça por elas. Quero que todos pensem nisto, o público vai se divertir com música de qualidade e ainda poder ajudar àqueles que precisam.


Por Luiz Gonzaga Lopes

 

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