Nonato valoriza união do grupo do Inter na briga por títulos em 2019

Nonato valoriza união do grupo do Inter na briga por títulos em 2019

Jogador de 21 anos fala sobre a chegada ao clube, o crescimento, a expulsão no Gre-Nal e sobre o futuro

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Nonato falou em entrevista para a Rádio Guaíba sobre o momento que vive no Inter em 2019

publicidade

O paulista Gustavo Nonato Santana, de 21 anos, esteve em campo em 17 das 31 partidas do Inter em 2019. Mas desde o jogo contra o River Plate, na Argentina, passou a ser titular de Odair Hellmann. Desde então, foram seis jogos, com quatro vitórias e dois empates. O jovem jogador concedeu entrevista exclusiva para a Rádio Guaíba e falou sobre sua chegada ao Inter, a passagem para o grupo profissional, a ajuda que recebe dos mais experientes e a importância da expulsão no primeiro Gre-Nal da carreira para o crescimento que vem apresentando nos últimos jogos. Confira:

Qual a importância de fazer uma sequência de jogos pelo Inter?

Nonato: Estou muito feliz por poder atuar nestes jogos seguidos. É uma oportunidade que estou aguardando há algum tempo. Estou dando conta, como todos os meus companheiros. Estamos fazendo um bom trabalho e quando o coletivo vai bem, as individualidades se sobressaem.

 Com Nonato nos últimos seis jogos, foram quatro vitórias e dois empates - Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação / CP

O jogo do São Caetano contra o São Paulo você considera como a vitrine que o fez vir para o Inter?

Nonato: Foi um jogo muito especial. Fiquei sabendo na hora do jogo. O treinador veio falar comigo e eu não esperava. Se ficasse sabendo antes, não teria dormido na véspera do jogo. Inclusive ganhei a bola do jogo, em uma votação feita após a partida. Guardo com muito carinho. Foi uma partida especial.

Como foi a recepção no Inter e no grupo profissional?

Nonato: Eu cheguei em maio do ano passado e passei a jogar pelo Inter B e sub-20. Acabei sendo promovido em Atibaia, no ano passado, e fiz a intertemporada com o grupo. A partir daí, comecei a treinar no profissional e jogar com a base, o que foi muito importante para eu adquirir ritmo de jogo. Cheguei a ser convocado em três jogos e não entrei. Mas só de ter essa experiência do dia a dia com os jogadores mais rodados foi muito importante para colher os frutos neste ano.

Nonato estreou entre os profissionais como titulares na vitória do Inter sobre o Caxias, por 2 a 1, na fase classificatória do Gauchão - Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação / CP memória

Qual a importância daquele episódio com o Matheus Henrique, que gerou a sua expulsão no Gre-Nal, para seu crescimento?

Nonato: Falei em diversas entrevistas que erros acontecem. Tenho que usar isso como lição para melhorar. Venho tentando fazer isso da melhor maneira. No futebol, você não tem tempo para se lamentar e precisa estar sempre de cabeça em pé. Depois do acontecido, o staff e todos os atletas me deram todo o suporte. É página virada, pois só penso na frente e nos objetivos.

Depois do episódio, o Matheus Henrique conversou com você? Como é essa relação?

Nonato: Temos uma relação de amizade antiga. Nos conhecemos há um bom tempo. Jogamos juntos no São Caetano. O que acontece no campo, morre ali. No final do jogo trocamos as camisetas e não tem problema nenhum. É uma amizade extracampo. Ocorreu o episódio, mas não abala em nada a amizade. São coisas da profissão. Ossos do ofício que temos que aprender a lidar.

Nonato realizou o sonho de levar amigos para assistir Inter e River, no Monumental de Nuñez - Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação / CP memória

Você definitivamente entrou na equipe e caiu nas graças da torcida no jogo contra o River Plate, no Monumental de Nuñez. Qual a importância deste jogo para você e como recebeu os elogios após a partida?

Nonato: No ano passado, se dissessem que eu ia jogar no Monumental de Nuñez, talvez, não fosse acreditar. Foi uma novidade, mas procurei agarrar essa oportunidade da melhor maneira. Mesmo com os dois times classificados, não é todo dia que você tem a oportunidade de jogar contra o River, ainda mais em Buenos Aires. Foi uma das melhores partidas que fizemos no ano.

Consegui realizar o sonho de levar uns amigos para assistir ao jogo na Argentina. Queria que eles tivessem comigo nesta etapa da minha vida. Então, fiquei muito feliz e muito grato. 

Como é disputar uma vaga na equipe com o Patrick, que agora está se recuperando de lesão? Ele te ajuda, por ser mais experiente?

Nonato: No futebol, temos uma disputa sadia pela posição. É natural e ajuda a gente crescer e evoluir. Sobre a convivência com o Patrick, não tenho nem palavras. Ele me ajuda e é ótimo de grupo. Um cara que eu me espelho. Sempre rola umas dicas. Depois do Gre-Nal (da expulsão), ele me mandou mensagem e falou comigo. É um cara muito importante para o grupo.

Nonato marcou o primeiro gol entre os profissionais contra o Cruzeiro, no Beira-Rio, na quarta rodada do Brasileirão - Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação / CP memória

O grupo do Inter segue em formação, mas tem uma mescla interessante de jovens e experientes jogadores. Esse grupo pode conquistar algo neste ano?

Nonato: É muito importante ter jogadores de nível internacional no clube. Jogadores experientes e campeões. Principalmente, para nós mais jovens. Viver o dia a dia com eles e aprender diariamente. Isso é muito bom. É uma boa mescla. Com o grupo unido como o nosso, temos grandes chances de brigar por títulos esse ano.  

 Antes da convocação da seleção brasileira sub-23 para o torneio de Toulon, teu nome foi cogitado. Como você recebe esse tipo destaque?

Nonato: Fiquei sabendo depois que houve uma sondagem da seleção para eu ser convocado e fiquei muito feliz. Fico muito feliz, grato. É um sonho estar no radar. Só de estar sendo observado já é uma baita conquista. Não crio expectativas, mas tudo que surgir vai depende do trabalho que faço no Inter.

Primeiro jogo internacional de Nonato com a camisa do Colorado foi na fase de grupos da Libertadores, contra o Alianza Lima, no Beira-Rio - Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação / CP memória

O objetivo proposto por Odair Hellmann é chegar até a parada da Copa América disputando as primeiras colocações. Como vocês encaram esse desafio?

Nonato: Ele coloca essas metas, mas tratamos desse assunto internamente. Buscamos melhorar dia após dia. Mesmo quando não saímos com o resultado positivo, estamos conseguindo boas atuações. Por exemplo, contra o River e contra o Santos, que não saímos com a vitória, mas tivemos boas atuações.

RG: Hoje o Inter enfrenta o Avaí. Qual a expectativa para o jogo?

Nonato: Mais uma partida importante para o decorrer do campeonato, principalmente, antes da parada para a Copa América. Sempre importante pontuar em casa. Fora também, mas vencer no Beira-Rio é um fator muito importante. Vai ser um grande jogo e vamos dar o máximo para sair com a vitória.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895