Nova liderança no CMS

Nova liderança no CMS

Por Felipe Samuel

Felipe Samuel

"Estendemos a mão amiga no enfrentamento à Covid-19, quando a estiagem assolou o Rio Grande do Sul neste começo de 2022 e quando as chuvas desabrigaram milhares de famílias aqui no Estado. Assim foi no passado e assim será sempre que a população precisar do seu Exército. Mesmo em tempos de paz, a tropa precisa estar em constante treinamento."

publicidade

Com o desafio de liderar uma tropa com 53 mil militares, o general de exército Fernando Jose Sant’ana Soares e Silva, 61 anos, assumiu no dia 13 de maio, em Porto Alegre, o Comando Militar do Sul (CMS). Natural da cidade do Rio de Janeiro, o novo comandante afirma que o seu objetivo é dar continuidade ao trabalho do seu antecessor, general Valério Stumpf Trindade. A presença do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e do comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, na cerimônia de posse revela a importância do CMS para a corporação. Soares serviu até abril como comandante do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande, Mato Grosso.

Em entrevista ao Correio do Povo, ele afirma que o papel das Forças Armadas está bem claro no Artigo 142 da Constituição Federal de 1988: “Destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. O general Soares incorporou às fileiras do Exército em 3 de março de 1975 na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, sediada em Campinas, São Paulo. Além dos cursos de formação, de aperfeiçoamento de altos estudos militares, possui MBA em administração e negócios na Fundação Getúlio Vargas (FGV). No Exterior foi observador militar das Nações Unidas em Moçambique, adido militar na embaixada do Brasil e do Suriname e subcomandante do Batalhão Brasileiro de Força da Paz no Haiti.

Na cerimônia de posse, o senhor assumiu com a promessa de manter o trabalho do seu antecessor, general Valério Stumpf Trindade. No período em que o general Stumpf esteve à frente do CMS, o Exército auxiliou a população em diversas missões, desde o combate à Covid-19 à distribuição de alimentos e medicamentos durante a pandemia. Agora, com avanço da vacinação, quais são os principais desafios à frente do CMS?

Estendemos a mão amiga no enfrentamento à Covid-19, quando a estiagem assolou o Rio Grande do Sul neste começo de 2022 e quando as chuvas desabrigaram milhares de famílias aqui no Estado. Assim foi no passado e assim será sempre que a população precisar do seu Exército. Mesmo em tempos de paz, a tropa precisa estar em constante treinamento. Na duplicação da BR-116 e na construção da barragem de Arvorezinha, essa ainda no começo, adestramos a nossa Engenharia de Construção. Nas diversas operações em curso, mantemos a vigilância na fronteira-sul do Brasil. Como frisei, trabalhamos no Exército com a continuidade.

O CMS conta com a maioria das tropas mecanizadas e de blindados e tem 75% dos meios mecanizados existentes na força terrestre?

Exatamente

Qual a importância do CMS no Exército?

O CMS detém 40% da tropa do Exército Brasileiro que pode ser empregada em combate. Possuímos 53 mil militares. É um Comando Militar de Área essencialmente operacional, com alto poder de fogo, pois concentramos os principais meios blindados e mecanizados da força terrestre.

O CMS tem seu trabalho reconhecido em todo país, inclusive auxiliando em missões recentes, como em Pacaraima, durante o processo migratório na Venezuela. Qual é o tamanho da responsabilidade de assumir o comando do CMS?

É um Comando Militar de Área muito importante para o Exército. O CMS abrange três estados da Região Sul e, por isso, temos fronteira com três países, com os quais mantemos boas relações entre os nossos exércitos – chamamos, essas relações entre Forças Armadas, de Diplomacia de Defesa. Nossa principal missão Constitucional é a defesa da Pátria. Assim, agimos 24 horas por dia, sete dias por semana.

O senhor afirmou que o ano eleitoral “não é problema do Exército”. Qual o papel atualmente das Forças Armadas?

O que eu quis dizer é que o papel das Forças Armadas está bem claro no Artigo 142 da Constituição Federal de 1988: “Destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Somos instituições de Estado, encarregadas de assegurar a soberania do nosso país. E os militares são cidadãos a serviço da Pátria.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895