Russell Hitchcock, a voz do Air Supply: “O amor conquista tudo"

Russell Hitchcock, a voz do Air Supply: “O amor conquista tudo"

Cantor se apresenta ao lado de Graham Russell neste domingo no Araújo Vianna

Luiz Gonzaga Lopes

Vocalista Russell Hitchcock se apresenta neste domingo com Air Supply em Porto Alegre

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O amor ainda é o maior dos sentimentos humanos, a despeito de todos os outros. Tudo o que precisamos é do amor, como diriam os Beatles em "All You Need Is Love”, de 1967. Há mais de 40 anos, o duo Air Supply aposta que a música romântica, as clássicas baladas, aquelas que você ouve a toda hora em rádios como Continental e Antena 1, é o remédio para todo este niilismo e bipolarização virtual. 

A dupla formada em maio de 1975, quando o cantor, compositor e músico inglês Graham Russell conheceu o cantor Russell Hitchcock em uma montagem australiana de "Jesus Cristo Superstar", chegou a marca de mais de mais de cinco mil shows realizados em sua trajetória.

Eles voltam a Porto Alegre com a nova turnê, "Lost In Love Experience", no Auditório Araújo Vianna (avenida Osvaldo Aranha, 685), neste domingo, às 20h. 

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Uhuu, na bilheteria do Teatro do Bourbon Country (avenida Túlio de Rose, 80), na Hits Store Shopping Praia de Belas (Praia de Belas, 1181) e no local, na data do show, a partir das 16h. 

O título do giro do duo faz alusão ao disco, o quinto da carreira e o primeiro por uma grande gravadora, Arista Records, de 1980, "Lost in Love", que catapultou a banda ao estrelato definitivo. O disco trazia a própria faixa-título, "All Out of Love" e "Every Woman in the World", três clássicos absolutos do romantismo na música. 

No repertório do show na capital gaúcha, além das três citadas na frase acima, estão previstas canções como “Making Love Out Of Nothing At All”, "Sweet Dreams" e "Here I Am", entre outras. 

Em entrevista ao blog Diálogos do Correio do Povo, o vocalista Russell Hitchcock fala do poder das músicas românticas, da canção preferida do duo, apresentações marcantes e a relação com a música pelo mundo, principalmente a brasileira. 
 
Correio do Povo: Como é a condição de estar perdido no amor, que é o título desta turnê que estará em Porto Alegre, no próximo dia 25 de agosto?
Russell Hitchcock: A condição de estar perdido no amor é não ver a hora de estar com a pessoa amada, sentir a respiração presa, perder o ar, o coração batendo mais forte. De ficar ansioso, de ver o mundo de uma forma mais linda. O show do "Lost in Love Experience" vai ser uma pequena mostra do que é sentir isto, do que é esta experiência de viver estas músicas românticas.

CP: Você acha que só o amor e as canções românticas podem ser um contraponto a este mundo tão raivoso e violento?
Russell:  Eu acredito 100% que o amor é o antídoto contra este mundo tão desesperançado. O amor conquista tudo. Se você abrir o seu coração a todas as pessoas, ao seu próximo, aos irmãos, familiares, amigos e a todos que estiverem à sua volta, independente de cor, raça, religião, se você olhar o outro com amor, você vai conquistar a alma de todos e este é o remédio realmente para curar o mundo.

CP: Das canções que vocês criaram, qual é a que mais define o Air Supply?
Russell: Certamente é “All Out of Love”.

CP: De mais de 40 anos de carreira da banda e de mais de cinco mil shows que a banda apresentou, você conseguiria lembrar de algum ou alguns que seriam mais marcantes?
Russell: Todos os concertos que fazemos no Brasil são sempre especiais, marcantes, com um envolvimento do público que é acima do comum. Também lembro de alguns concertos memoráveis, como o do ano de 1988, na Austrália, no qual nos apresentamos para o Príncipe Charles e a Princesa Diana e um concerto para 175 mil pessoas em Cuba, no ano de 2013.

CP: O que você pode falar da música pelo mundo, principalmente da música brasileira? 
Russell: Como os nossos shows estão sendo um atrás do outro, saindo de uma cidade a outra em pouco tempo, não estou conseguindo conhecer muitos músicos locais e também não consigo ouvir muito material, muitas canções feitas no local, como a música brasileira. Fico envergonhado de dizer isto, mas talvez nesta turnê a gente consiga achar um tempo para ouvir coisas novas do Brasil. 

CP: O que você acha deste momento no qual bandas com mais de 40 e 50 anos de carreira ainda continuam em atividade. Isto tem qual significado para vocês?
Russell: Nós amamos o que fazemos, adoramos trabalhar juntos. Eu e o Graham temos uma amizade única. Nos entendemos muito bem. Grupos ou caras como o Air Supply, Elton John, Paul McCartney, Rolling Stones, Billy Joel cantamos e tocamos para receber de volta uma energia única do público.

O segredo da longevidade das bandas, cantores e músicos com mais de 40, 50 anos de carreira é este: fazer o que gosta e receber do público, mais longevo e também dos mais novos, o carinho, o aplauso e a energia que nunca acaba. 


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