Experiências

Experiências

Alina Souza

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Não aprendemos na escola, nos livros ou na televisão quantos “nãos” encontraremos pelo caminho. As pessoas falam que existem decepções, mas só sabemos a dimensão quando os outros batem a porta à nossa frente. E a vida é cheia de portas ressoando batidas nas noites de sono. Caso contrário, não é vida. Até pode ser algo parecido, mas onde encontrar consistência se o indivíduo não sentiu o corpo se dilatar em algum instante do seu percurso? 

Um dia tentei me definir. Aliás, todos os dias eu tento. Contudo, sei que não somos frutas de plástico. Não somos de artifício. Somos movimento. Dança de sentimentos. Enquanto uma ideia vai, a outra volta. Jamais fixos. Jamais prontos. Na minha testa poderia existir uma placa: “Em obras.” Afinal, estou em construção. Em breve, estarei concluída. Porém esse breve não acaba amanhã. Nem depois de amanhã. O breve é somente uma isca para mergulhar no infinito.


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