Indeléveis

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De repente, a despedida. As reticências se pronunciam agudas. Lacuna. A falta que faz, a saudade. Resta-nos aceitar e cultivar as boas memórias. Em algum lugar, eles devem estar sorrindo para nós. Por isso, homenageá-los. A finitude inexiste para os que amam. Os sentimentos não emudecem. Pelo contrário, compõem sinfonias. As pessoas especiais moram dentro da gente. São estímulo para acordar nos dias chuvosos, força para superar os obstáculos. Para sempre, inspiração. Histórias e imagens que extrapolam os álbuns de recordações. Circulam junto à corrente sanguínea, condensam-se na alma. Somos esta mescla de existências, vivências, aprendizagens. Acima do tempo que estivemos juntos, importa a intensidade. Aos que partiram, carinho. Respeito. As lembranças não podem ser evitadas por medo da dor. Só as máquinas possuem comandos de exclusão. Quem prefere o esquecimento estará fazendo mal a si mesmo: esquecendo de ser humano.

Texto e fotos: Alina Souza


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