Para algumas pessoas, é muito difícil ouvir uma crítica, por mais construtiva que ela possa ser. Enxergam como ofensa, ameaça às certezas inabaláveis. Precisam ser donas da verdade, mesmo que esta seja relativa. Uma posição divergente ou uma chamada de atenção são motivos suficientes para armar um embate permeado pela agressividade. Desconforta ouvir um “não”. Contraria as profundas convicções. Logo reagem com o ardor do orgulho ferido. O impulso da violência, em vez do diálogo sensato. Lamentável que vejamos esse tipo de situação no ambiente escolar. Já não bastam as redes sociais, território onde cada vez mais a população se digladia querendo nomear-se proprietária da razão. Razão? Eu diria que não existe certo ou errado, apenas opiniões plurais. Cada um constrói o que é melhor para si e isso não significa eliminar as possibilidades de discordâncias. Ora, respeito. Lucidez. Delicadeza. Paz é o legado mais belo que podemos deixar às crianças e jovens. Assim como eles carregam os livros e cadernos para a sala de aula, precisamos levar a mente aberta para a vida. Tanto quanto nossos filhos, sobrinhos, enteados, nós também precisamos aprender. Terminar as lições de casa. (Texto e fotos: Alina Souza)
