A quem interessa as obras no entorno da Arena?

A quem interessa as obras no entorno da Arena?

Arrisco afirmar aqui que interessa mais aos bairros que cercam o estádio do que ao clube

Arena do Grêmio

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A questão é, ainda, o entorno da Arena. Para resolver uma pendenga que se arrasta há oito anos a OAS entraria com R$ 12 milhões em dinheiro, e à vista, e o Grêmio com R$ 1,8 milhão mês. De onde viria a grana do clube? Do associado. Em vez do R$ 1,8 milhão/mês ir para os cofres da OAS por conta da migração dos sócios iria para as obras do entorno que, arredondando para cima, custam R$ 50 milhões.

Em nota, o Grêmio diz que a Arena Porto-Alegrense S.A, Karagounis Participações S.A., Albízia Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda. e Município de Porto Alegre aceitaram a proposta.

Mas que “lamentavelmente, apesar do esforço conjunto do clube e das partes rés da Ação Civil Pública, entre elas o Município de Porto Alegre, que é o beneficiário final das obras do entorno da Arena, em construir uma alternativa segura e viável para resolução deste imbróglio tão complexo, que já se arrasta por bastante tempo e que castiga a comunidade da região do entorno da Arena do Grêmio, o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, rejeitou a estrutura da operação e a proposta de acordo, o que, provavelmente, inviabilizará a solução definitiva do assunto.” 

A quem interessa as obras no entorno da Arena? Obviamente ao Grêmio, que melhorará o difícil acesso ao estádio. Só ao clube? Não. Arrisco afirmar aqui que interessa mais aos bairros que cercam o estádio do que ao clube. Estes são castigados pela falta de solução. Há apelos candentes dos moradores por melhorias.

Da nota publicada pelo clube no seu site oficial: “Diante deste cenário, o Grêmio segue à disposição para colaborar em alternativas de solução, dentro do limite razoável de participação do clube, que, repita-se, não é responsável pela obrigação de execução das obras do entorno e nem sequer parte da Ação Civil Pública em curso.” 


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