Nosso sentimento em relação ao VAR

Nosso sentimento em relação ao VAR

A cólera do torcedor não se dá por considerar seu time prejudicado pela tecnologia. Seguimos com a forte impressão de que nada mudou, de que continuam privilegiados os interésses

Hiltor Mombach

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O VAR chegou como uma solução divina: estava encerrada a era da interpretação, do dedo humano.
Pois segue dominado pelo olhar vesgo e parcial de muitos assopradores de apito a analistas.
Vemos gols sendo anulados ou confirmados em lances quase idênticos. 

A cólera do torcedor não se dá por considerar seu time prejudicado pela tecnologia. Seguimos com a forte impressão de que nada mudou, de que continuam privilegiados os interesses.
Havia a expectativa de que, com o VAR, estava sepultado o tempo da imparcialidade e neutralidade. 
Terrível engano. 

Por trás da tecnologia, da máquina, segue o homem. 
Quando manipulado, o VAR vê aquilo que quer ver. 
Quando não vê na hora, busca até encontrar aquilo que quer enxergar.
Quando não quer vê, se faz de cego. 
Este é o nosso sentimento. 

Por isso a decepção de quem gosta de futebol. Na cabeça de cada assoprador de apito mora uma sentença. 
A completa ausência da padronização nos faz suspeitar ainda mais. 
A tecnologia nos deu uma falta sensação de transparência. 
Segue tudo como dantes no quartel de Abrantes


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