Reaprender a vencer

Reaprender a vencer

Carlos Corrêa

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Carlos Corrêa / Interino

Nem o elenco do Grêmio desaprendeu a jogar futebol e nem Renato Portaluppi desaprendeu a treinar. A combinação de um e outro fez do Tricolor um dos times mais vencedores do país nos últimos anos, e estar mais uma vez na final da Copa do Brasil apenas corrobora isso. Mas algo nessa engrenagem desencaixou de uns tempos pra cá. Por mais que Renato tenha adotado um tom negacionista nas entrevistas mais recentes, atribuindo sempre a fatores externos a queda de rendimento, é bastante improvável que ele e a direção não saibam que a piora se deu da Arena para dentro, não para fora. Pelo Brasileirão, o Grêmio venceu uma vez apenas neste ano, contra o Bahia, há quase um mês, em 6 de janeiro — e em um jogo complicado. De lá para cá, foram cinco jogos, com três empates e duas derrotas. Em se tratando de futebol brasileiro, nenhum absurdo, visto que todos os times oscilam em determinado momento. Mas o Grêmio precisa voltar a vencer. Se for jogando bem, melhor, mas acima de tudo, vencer. Mesmo em um grupo cascudo como o do Tricolor, resultados negativos quando se acumulam vão causando uma pressão cada vez maior. E Renato não pode correr o risco de deixar que essa recuperação seja muito perto da decisão da Copa do Brasil, que afinal de contas é o jogo que interessa neste fim de temporada. Derrotado na final da Libertadores, o Santos, adversário de hoje, joga no desespero para garantir vaga na competição em 2021. De quebra, vem desfalcado de seus dois principais jogadores: Marinho e Soteldo. Está longe de ser jogo jogado. Mas é a chance que o Grêmio precisava.


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