Romildo não pode ser seu próprio blindador

​Romildo não pode ser seu próprio blindador

É fato inegável, incontestável, que o Grêmio só faz descer a ladeira desde 2017

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O Grêmio não teve competência para eliminar o Independiente do Valle, que tem bom time mas não é o Grêmio.
Sobram justificativas.
Levou uma virada de 2 a 1 no Paraguai prejudicado por um surto de Covid e, ontem, tomou nova  virada de 2 a 1, agora na Arena, a reboque do clichê de que quem não faz, leva.
Quando tomou o empate, nos acréscimos do primeiro tempo, poderia estar vencendo não por 1 a 0, mas por 4 a 0.
Sobram justificativas mas, como verdade verdadeira, como fato definitivo, o tricampeão da Libertadores não teve competência para eliminar o representante equatoriano.
É fato inegável, incontestável, que o Grêmio só faz descer a ladeira desde 2017.
Ontem, deixou de emplacar sua sexta classificação seguida para a fase de grupos da Libertadores.
De cara, deixa de faturar R$ 16 milhões.
Não falo sobre preparação física pois sou leigo no assunto. Mas tanto no Paraguai como na Arena faltou pernas no segundo tempo. O Grêmio surgia como um teco-teco e o Del Valle como um Boeing.
Vida que segue.
Há muito a ser feito se o Grêmio não quiser viver a temporada como coadjuvante.
Romildo  corre o risco de comprometer toda a sua gestão, até aqui excelente, com títulos, superávit e a provável compra da gestão da Arena.
Passou a hora de definir um vice de futebol conhecedor do riscado e de dar a ele poderes para tocar o barco.
As cobranças, já fortes, aumentarão.
Romildo não pode ser seu próprio blindador.


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